quinta-feira 25 de abril de 2024

Políticos cobram investigação da morte de miliciano ligado a Flávio Bolsonaro

9 de fevereiro de 2020 4:06 por Marcos Berillo

Adriano Nóbrega era investigado por crimes como a morte de Marielle Franco (Reprodução)
Adriano Nóbrega era investigado por crimes como a morte de Marielle Franco

Com Agência Brasil – Morto hoje, 9, durante operação policial no município de Esplanada na Bahia, o ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriano Nóbrega, “sabia demais”. Um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, ele era investigado por diversos homicídios, entre eles, a a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Franco.

Sua ligação com a família Bolsonaro provocou reações no meio político, como a do deputado Federal Paulo Pimenta, que tuitou:

“Adriano da Nóbrega, agora morto, era peça valiosa no esquema criminoso da quadrilha que está no Palácio do Planalto hoje. Foi homenageado por Jair Bolsonaro na tribuna da Câmara, Flávio lhe deu a Medalha Tiradentes e Sérgio Moro o excluiu da lista de mais procurados da Justiça.”

O deputado petista também não destacou a hipótese de queima de arquivo.

“Mas com toda certeza a morte de Adriano da Nóbrega vai ser muito comemorada pela familícia Bolsonaro, por Sérgio Moro e por todos que estão lucrando com o crime organizado comandando o governo federal.”

Foto: Reprodução
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Liderança do PSOL, Guilherme Boulos também cobra uma investigação rigorosa do caso. Sem esconder suas desconfianças:

“Adriano da Nóbrega, miliciano do Escritório do Crime, ligado a Flávio Bolsonaro e suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle morreu em “troca de tiros” na Bahia. É preciso investigar as circunstâncias, mas há cheiro de queima de arquivo no ar…”

Foto: Reprodução

Troca de tiros

De acordo com as informações oficiais, Nóbrega morreu após ser ferido durante uma operação conjunta da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) do Rio de Janeiro; e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte, do Grupamento Aéreo (Graer) e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública da Bahia.

Segundo a secretaria baiana, no momento do cumprimento de mandado de prisão, Adriano Nóbrega “resistiu com disparos de arma de fogo e terminou ferido”. Ainda conforme o órgão, o ex-policial chegou a ser socorrido em um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

O suspeito vinha sendo investigado há um ano pela Inteligência da Secretaria de Polícia do Rio e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

“Ao longo deste tempo, os agentes o monitoravam e chegaram ao paradeiro do ex-policial militar na Bahia. A ação foi realizada com apoio operacional do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar daquele estado”, informou em nota o órgão fluminense.

Apoio

A Secretaria de Segurança da Bahia informou em nota publicada no seu site que o foragido foi encontrada com uma pistola austríaca calibre 9 mm. Ainda na operação os policiais encontraram mais três armas na casa.

“Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando”, disse, na nota, o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

Também na nota, a secretaria informou que Adriano Nóbrega era investigado por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson, na noite do dia 14 de março de 2018, no Estácio, região central do Rio de Janeiro.

“O criminoso passou a ser monitorado por equipes da SI da SSP da Bahia, após informações de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Nas primeiras horas da manhã ele foi localizado em um imóvel, na zona rural de Esplanada”, informou a secretaria na nota.

Milícia da Muzema

Em janeiro do ano passado, Adriano foi considerado foragido durante a Operação Intocáveis, desencadeada pelo MPRJ e as polícias Militar e Civil para prender integrantes de uma organização criminosa que agia na zona oeste do Rio de Janeiro. Na época, as investigações apontavam que os integrantes de uma milícia atuavam nas comunidades de Rio das Pedras, da Muzema, da Tijuquinha e adjacências.

Após a Operação Intocáveis, a promotora de Justiça do MPRJ Simone Síbilio considerou que não era possível fazer a relação entre os integrantes da organização criminosa e as mortes de Marielle e Anderson, mas apontou, que, se no futuro fosse comprovado o envolvimento, seria incluído nas investigações desse crime.

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