2 de março de 2020 7:46 por Marcos Berillo
Com Ascom Sesau e Agência Brasil
Após realizar os procedimentos do protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) descartou que um senhor de 66 anos, que retornou recentemente da França, e reside em Maceió, seja portador do Covid19.
A suspeita havia sido divulgada pela Sesau na última sexta-feira, 28. “Com relação ao primeiro caso validado como suspeito [27/02], a avaliação laboratorial teve resultado negativo para o Coronavírus e apontou o agente viral Metapneumovírus”, informu a Superintendência de Vigilância em Saúde da secretaria.
Notificações
Em Alagoas, até o último domingo (01/03), tem-se o registro de nove notificações de casos suspeitos de Covid19. Entre os notificados, três permanecem em investigação; um foi descartado para Covid19; e cinco foram excluídos por não se enquadrarem no critério de suspeição.
O Brasil tem, atualmente, 433 casos suspeitos de coronavírus. O número de casos confirmados continua sendo dois, ambos em São Paulo. Todas as regiões do país têm casos suspeitos, sendo São Paulo o estado com o maior número de casos suspeitos, com 163. Até o momento, são 162 casos descartados, sendo que a maioria tinha Influenza A e Influenza B.
Os estados continuam sendo capacitados pelo Ministério da Saúde para fazer as notificações corretamente, mas, segundo o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira, metade das notificações dos estados não se encaixa na definição de casos de Covid-19. Atualmente, o Brasil se encontra na fase de contenção da doença.
“Estamos no nível 3, na fase de contenção, onde o nosso objetivo é evitar a dispersão [do vírus]. Obviamente, entendendo que há uma transição que se inicia para uma fase de mitigação, onde vamos trabalhar para evitar casos graves e óbitos”, disse Wanderson de Oliveira.
Pânico
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, considerou precipitada a decisão de escolas suspenderem as aulas se não houver nenhum caso suspeito dentro da instituição. “As escolas não se embasam em nenhum critério técnico. Imagino que elas tenham reunião de pais e o princípio da autoridade parental prevalece. Mas, do ponto de vista de saúde pública, se uma pessoa não chega de um local, não tem febre, não tem coriza, não tem nenhum sinal, ela não tem porque ser retida”.