13 de março de 2020 5:14 por Da Redação
Ela é economista, professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e se destaca não apenas por seu desempenho acadêmico, mas pela história marcada pela participação ativa na defesa de uma sociedade mais justa e igualitária. Luciana Caetano, voz feminina na mobilização de classe, é pré-candidata do Partido do Trabalhadores (PT) à prefeitura de Maceió. Teve seu nome referendado e vai à disputa pela composição “Maceió de todas as cores”, que nasceu do desejo e do esforço coletivos da militância orgânica do partido, representada em todas as tendências e com a capacidade de dialogar com diversos setores da sociedade maceioense.
Luciana faz uma retrospectiva de sua militância para destacar a importância da candidatura e do papel que desempenhará como representante do partido no cenário político atual. Ela Lembra que o processo de construção de seu nome não surgiu de uma hora para outra. “Nasceu desde a plenária de maio/2019, como um instrumento de mobilização da militância em defesa do debate democrático para a construção de uma candidatura própria, discussão da política de aliança e posicionamento do partido frente a uma política neoliberal de destruição de direitos trabalhistas e sociais”, afirma.
Enfrentamento ao neoliberalismo
Segundo ela, “essa pré-candidatura vem crescendo e recebendo novas adesões de militantes de todas as tendências, com forte apoio também fora do partido”, destaca, ao dizer que “a política neoliberal baseada na austeridade fiscal, destruição de direitos trabalhistas e sociais, vem sendo reproduzida no Estado de Alagoas e no município de Maceió, impondo a minha pré-candidatura a responsabilidade de fazer oposição na perspectiva de apresentar um programa de governo alinhado com redução de desigualdades sociais em Maceió e melhoria dos indicadores de segurança pública, saúde, educação, meio ambiente, emprego e renda”.
Ela defende que para fazer o enfrentamento aos partidos organizados numa frente de extrema direita, “é necessário que os partidos de esquerda dialoguem e se fortaleçam, ampliando sua base eleitoral. Essa guerra política exige a definição de boas estratégias para assegurar candidatura de esquerda no segundo turno e todos os partidos devem estar comprometidos com esse projeto que exige a soma das forças políticas no campo progressista. O isolamento não favorece à esquerda e qualquer candidatura que vá para segundo turno terá tanto mais chance quanto mais fortalecidos estiverem os partidos apoiadores”, afirma Luciana Caetano.
Nesse sentido, sugere que os diretórios municipais dos partidos de esquerda deveriam, conjuntamente, organizar seminários para debater a cidade de Maceió, aproveitando seus quadros. “Na reunião entre PT e PDT já havia sido sugerido algo parecido como instrumento de diálogo entre os partidos, o que poderia avançar para seminários temáticos”, diz e reforça que o Partido dos Trabalhadores tem em seus quadros competências das mais diversas áreas que poderiam contribuir a realização desse seminário.
Apoio
O presidente do Diretório Municipal do PT, Marcelo Nascimento, destacou o compromisso do partido com a democracia e sua revitalização a partir do acolhimento de novos quadros. Ele falou ainda sobre a importância do da identificação de candidaturas com bom capital político, especialmente femininas, para assegurar ao Partido dos Trabalhadores representação da Câmara de vereadores e informou que o calendário das prévias será apresentado no próximo dia 21 pela Executiva Municipal, ressaltando a importância do debate interno como instrumento de fortalecimento do PT, o que o distingue dos demais partidos.
Rilda Maria Alves, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), faz a defesa da candidatura de uma mulher para representar o PT na disputa eleitoral 2020. “O partido não pode perder a oportunidade de fazer diferente e sair à frente dos demais com a candidatura de uma mulher nas eleições municipais 2020. E não estou falando de qualquer mulher. Luciana Caetano é uma guerreira e militante comprometida com nossa luta”, ela diz, ao lembrar que “numa conjunta de ataque às mulheres, com crescimento da misoginia e do feminicídio, além do ataque à classe trabalhadora, Luciana é a voz que lhe representa”.
Mariana Brandão, representando a Articulação de Esquerda, também destaca a importância de uma candidatura feminina dentro do partido, depositando sua confiança na pré-candidatura de Luciana Caetano “pelo perfil e compromisso dela com a luta que o partido precisa fazer frente à atual conjunta política”.
Luiz Gomes, que representa o Diálogo e Ação Petista (DAP), diz que “essa candidatura não é só da companheira Luciana, mas das diversas forças internas do partido porque nasce de uma construção coletiva e democrática, tendo ultrapassado as fronteiras do partido para dialogar com os diversos segmentos da sociedade”. Ele defendeu candidatura própria do partido, posicionando-se contrário a uma aliança que coloque o PT como vice de outra agremiação partidária. Em sua avaliação, o partido precisa trabalhar esta pré-candidatura, apostando na chance de ir para segundo turno.
Sandra Lira, representando a Democracia Socialista (DS) parabeniza a pré-candidata “pela coragem e a generosidade de colocar seu nome à disposição do partido para a construção de uma candidatura com esse perfil e que se desenvolve numa construção coletiva, reunindo as diversas forças internas do partido”.
Já Élida Miranda, representando a Esquerda Popular Socialista (EPS), considera que “a força do partido são suas correntes internas porque isso fortalece o princípio democrático que tanto defendemos”.