sábado 27 de julho de 2024

Secretários de saúde reagem e condenam pronunciamento de Bolsonaro

24 de março de 2020 11:46 por Thania Valença

Continua repercutindo em todo país, principalmente em grupos de whatsaap e redes sociais, o pronunciamento que o presidente Jair Bolsonaro fez agora à noite. Em pronunciamento, Bolsonaro voltou a se referir ao novo coronavírus como uma gripezinha e a chamar de histeria as medidas adotadas por governadores e prefeitos, visando reduzir a circulação de pessoas como forma de enfrentamento da pandemia.

A manifestação de Bolsonaro vem sendo duramente criticada, já que os esforços nos estados, para manter a população longe das ruas, têm surtido efeito. A campanha “Fique em casa”, orientam os especialistas em saúde pública, é a forma correta de evitar a propagação do novo coronavírus.

Uma das manifestações contra a fala do presidente da República veio dos secretários de saúde, que se declaram estarrecidos com o pronunciamento feito pelo presidente, em cadeia nacional de rádio e TV. Para o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, a fala de Bolsonaro “desfaz todo o esforço e nega todas as recomendações para combate à pandemia do coronavírus”.

Em Carta aberta, secretários demonstram preocupação com as consequências da fala do presidente

“Não é nosso desejo politizar esse problema. Já temos dificuldades demais pra enfrentar. Não podemos cometer esse erro. Vamos continuar fazendo nosso trabalho. Não nos parece que a posição exposta pelo presidente seja a do Ministério da Saúde, que tem se conduzido tecnicamente” – afirma a carta assinada pelo Consórcio Nordeste, formado pelos governadores dos 9 estados da região, e pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Confira a nota na íntegra:

Assistimos estarrecidos ao pronunciamento em cadeia nacional do Presidente Jair Bolsonaro, onde desfaz todo o esforço e nega todas as recomendações para combate à pandemia do coronavírus.

Não é nosso desejo politizar esse problema. Já temos dificuldades demais pra enfrentar.  Não podemos cometer esse erro. Vamos continuar fazendo nosso trabalho. Não nos parece que a posição exposta pelo Presidente seja a do Ministério da Saúde, que tem se conduzido tecnicamente. 

Percebemos, com espanto, os graves desencontros entre o pronunciamento do Presidente e as diretrizes cotidianas do Ministério da Saúde. Esta fala atrapalha não só o ministro, mas todos nós!

Sabemos que iremos enfrentar uma grave recessão econômica, mas o que nos cabe lidar diretamente é a grave crise sanitária.

Vamos seguir tocando nossas vidas com decisões baseadas em evidências científicas, seguindo exemplos bem sucedidos ao redor do mundo.

A grande maioria dos países do mundo, ocidentais e orientais, já firmaram seu curso no combate ao vírus e é este curso que o Nordeste Brasileiro seguirá.

Que Deus abençoe cada um de nós que pouco temos dormido. Que Deus nos abençoe!”

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