10 de julho de 2020 8:19 por Redação
Nivaldo Mota*
Campeonato Alagoano de 1983, alguém lembra? Pois o CRB foi o grande campeão naquele ano. Veja os números do Clube de Regatas Brasil:
34 Jogos;
23 vitórias;
09 empates;
02 derrotas;
73 gols pró;
15 contra.
Contra o CSA jogou 7 partidas, ganhou 4, empatou 2 e perdeu apenas uma vez para o seu tradicional rival. Marcou 9 vezes no Azulão e levou apenas 3 gols.
Contra o ASA, outro tradicional rival, jogou 8 partidas, ganhando 4 e empatando também 4 jogos. Marcou 11 vezes e sofreu 6 gols.
O jogo decisivo eu não pude assistir, meu pai, já enfermo, pediu-me para eu não ir àquele jogo, era uma quarta à noite, relutei, pensei, mas, enfim, acabei cedendo e obedecendo ao velho Nivaldo Mota.
Contentei-me em ouvir pelo “radinho de pilha”, um MotoRádio, 4 faixas, para variar, vermelho. Pensei quantas vezes eu já fui a jogos no “Trapichão”, esse não seria contra o tradicional adversário, o CSA. Fiquei em casa mesmo, ouvindo e sofrendo com os exageros dos narradores esportivos. Só quem acompanha pelo rádio sabe a agonia, às vezes, a bola passa a cinco metros do gol e o narrador na sua capacidade da dramatizar as coisas, diz que passou raspando a trave. É um ai, Jesus!
Pois, então, não fui, com uma certeza quase absoluta: o CRB não perderia a chance naquele dia de ser campeão, mais do que isso, era necessário ganhar aquele título, como de fato aconteceu. Interrompeu a sequencia do CSA, três vezes seguidas, e o Galo da Pajuçara tinha que ganhar para sua torcida cair na alegria e gritar bem forte: É CAMPEÃO!
O CRB ganhou, no outro dia fui trabalhar, logo cedo. Para minha grata surpresa, a cidade avermelhou por inteiro. Era carro com bandeira, pessoas com a camisa do CRB, até ônibus eu vi com uma bandeira, o motorista estava com boné do CRB e toalha nas costas também do Galo.
Como os jogos não passavam ao vivo pela TV, às 12h35min tinha um Esporte no 7, versão do Globo Esporte local, com Márcio Canuto. Saí do trabalho num pique arretado, atravessar uma parte da Fernandes Lima no horário de meio-dia era sufoco, já naquela época, mas antes de começar o programa, eu estava em casa para assistir e ver os gols, que satisfação, não sai da memória nunca!
O jogo decisivo foi contra o CSE, no dia 4 de novembro de 1983, uma quarta feira à noite, 21 horas, eis a ficha daquele jogão:
CRB 3 X 1 CSE
Local: Rei Pelé
Juiz: Josival Pedro
Renda: Cr$ 6.856.000,00
Público: 14.236 pagantes.
Gols: Coca 7, Joãozinho Paulista 29, Fernando 31 e Márcio 37 do 2º
CRB: Márcio Francisco; Melo, Saulo, Beto e Donizetti; Ricardo (Roberval Davino), Coca e Márcio; Ivanildo (Nau), Joãozinho Paulista e Valtinho. Técnico: China.
CSE: Quebrangulo; Pedrinho, Raimundo, Williams e Palmito; Jaldo, Dito, e Fernando; Dobinha, Hamilton e Alves ( Pelezinho). Técnico: Marcos Pintado.
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*É historiador e professor
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3 Comentários
Nivaldo, em que ano o CRB tinha no ataque o Zé Cláudio e o Catatau? Venceu o CSA por 3X1 na final. O gol dos azulinos foi de Jorge Siri. Zé Claudio fez dois.
Gostaria de saber qual a data em que o CRB foi jogar um amistoso contra o Grêmio de Marechal Deodoro e perdeu por 2×0. O Grêmio tinha um garoto chamado Josias que acabou com o galo. Daí esse garoto foi convidado a jogar pelo galo. Não me lembro bem a data. Acredito que eu tinha uns 16 pra 17 anos. Se alguém poder me ajudar. Fico grato.
Se tiver alguma foto. Gostaria de tê-la.