16 de abril de 2020 6:27 por Marcos Berillo
O médico ortopedista e ex-deputado federal Henrique Mandetta não é mais ministro da Saúde. Em sua conta no Twitter, ele confirmou a exoneração.
“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, afirmou.
Mandetta, que vinha tendo divergências com Bolsonaro por conta da política de combate à pandemia de Covid-19 – o ex-ministro acompanhava as recomendações da comunidade científica internacional no lugar das opiniões do presidente – agradeceu à sua equipe e desejou êxito ao sucessor no cargo.
“Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, concluiu.
O oncologista e empresário do setor da saúde Nelson Luiz Sperle Teich assume o lugar de Luiz Henrique Mandetta. Ele atuou como consultor informal na campanha eleitoral do presidente, em 2018, e, segundo informações da revbista Época, até chegou a ser cotado para o cargo, mas acabou preterido por Mandetta.
Teich foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro agora à tarde. Sobre o ex-ministro Mandetta, Bolsonaro afirmou que a demissão foi um “divórcio consensual”.
“Não condeno, não recrimino e não critico o ainda ministro Mandetta. Ele fez aquilo que, como médico, achava que devia fazer ao longo desse tempo. A separação, cada vez mais, se tornava uma realidade. Mas não podemos tomar decisões de forma que o trabalho feito até o momento fosse perdido. O que eu conversei ao longo desse tempo com o oncologista doutro Nelson, aqui ao meu lado, foi fazer com que ele entendesse a situação como um todo”, afirmou o presidente.
Para o novo ministro, que se reuniu com Bolsonaro nessa quinta-feira (16), ele deixou um desafio. “O que conversei com doutor Nelson? Que gradativamente nós temos que abrir o emprego no Brasil. Essa grande massa de humildes não tem como ficar dentro de casa”, acrescentou.