19 de abril de 2020 4:53 por Marcos Berillo
Neste Dia do Exército – 19 de abril –, dezenas de manifestantes se aglomeram em frente ao 59° Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMTz), na Avenida Fernandes Lima, em Maceió, entoando gritos de “AI-5, já!”.
O Ato Institucional de número 5, que perdurou até 1978, marcou o período mais cruel da Ditadura Militar, a fase mais obscura da História do Brasil (1964-1985). Baixado no dia 13 de dezembro de 1968, no governo do general Costa e Silva, terminou com o fechamento do Congresso e reforçou os atos arbitrários e autoritários dos governos.
O presidente, por exemplo, poderia decretar estado de sítio por tempo indeterminado, demitir pessoas do serviço público, cassar mandatos, confiscar bens privados e intervir em todos os estados e municípios.
O protesto ocorre em meio a decreto estadual que segue recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo isolamento social em meio a uma pandemia mundial de Covid-19.
Muitos dos manifestantes sequer usavam máscaras. Nem para proteção ou até mesmo para esconder o rosto de vergonha por usar um direito garantido pela democracia para defender o retorno de um regime que marcou um dos períodos mais sombrios da nossa história.
Mau exemplo
O mau exemplo vem de cima. Neste domingo, o presidente Jair Bolsonaro, que inspira e incita este tipo de manifestação, também desafiou as recomendações de autoridades sanitárias e compareceu a um protesto em frente ao QG do Exército, em Brasília. Assim como em Maceió, pedidos de um AI-5 e ataques às instituições democráticas marcaram o ato.
Apesar de tudo, o protesto em Brasília contou com uma intervenção bem humorada do jornalista Guga Noblat, que passou tocando o berrante, provocando fúria no “gado bolsonarista”. Veja:
2 Comentários
Claramente a turba não comemorava o dia do Exército, antes, pedia a volta da ditadura. A participação do presidente é uma clara afronta à Constituição, mais uma vez…
Nunca foi uma ditadura o movimento de 64 foi um movimento de libertação do povo!!!!!!!!!!!!!