sexta-feira 19 de abril de 2024

População desocupada chega a 12,9 milhões, um aumento de 10,5% frente ao trimestre anterior

30 de abril de 2020 4:07 por Marcos Berillo

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desocupação (12,2%) no trimestre móvel encerrado em março último cresceu 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2019 (11,0%) e caiu -0,5 ponto percentual frente ao mesmo trimestre do ano anterior (12,7%).

De acordo com a professora Luciana Caetano, do curso de Economia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), o Brasil que já registrou 104 milhões de pessoas ocupadas em 2014, mas só consegue manter atualmente 92,2 milhões.

Professora Luciana Caetano atribui números negativos a um “austeridade fiscal cega e desmedida” | Arquivo Pessoal

“Esse é o saldo da austeridade fiscal cega e desmedida. O Estado Nacional precisar elevar os gastos governamentais para estimular os investimentos privados e recompor as bases produtivas desse país. Cortar investimentos de ciência e tecnologia é um erro estratégico que penalizará o país, impondo décadas de atraso em relação a países desenvolvidos”, manifestou-se a professora, em suas redes sociais.

A PNAD também mostra que a população desocupada (12,9 milhões de pessoas) teve aumento de 10,5% (1,2 milhão de pessoas a mais) em relação ao trimestre móvel anterior e caiu (-4,0% ou 537 mil pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

A população ocupada (92,2 milhões) caiu 2,5% em relação ao trimestre anterior (2,3 milhões pessoas a menos) e permaneceu estável em relação ao mesmo trimestre de 2019.

A taxa de informalidade atingiu 39,9% da população ocupada, representando um contingente de 36,8 milhões de trabalhadores informais. No trimestre móvel anterior, essa taxa havia sido 41,0% e no mesmo trimestre do ano anterior, 40,8%.

A população fora da força de trabalho (67,3 milhões de pessoas) foi recorde da série iniciada em 2012, com altas de 2,8% (mais 1,8 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 3,1% (mais 2,0 milhões de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2019.

A taxa composta de subutilização (24,4%) cresceu 1,4 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (23,0%) e caiu 0,6 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2019 (25,0%).

A população subutilizada (27,6 milhões de pessoas) teve aumento de 5,6% (mais 1,5 milhão de pessoas) frente ao trimestre móvel anterior (26,2 milhões) e caiu -2,5% (menos 704 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019 (28,3 milhões).

A população desalentada (4,8 milhões) ficou estatisticamente estável em ambas as comparações. O percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (4,3%) teve variação positiva de 0,2 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (4,2%) e permaneceu estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

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O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos), estimado em 33,1 milhões, caiu -1,7% (menos 572 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e ficou estável ante o mesmo trimestre de 2019.

O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado (11,0 milhões de pessoas) caiu -7,0% (menos 832 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e permaneceu estável comparado ao mesmo trimestre de 2019.

O número de trabalhadores por conta própria chegou a 24,2 milhões de pessoas, com queda (-1,6% ou menos 398 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e alta de 1,7% (mais 409 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2019.

O rendimento médio real habitual (R$ 2.398) no trimestre móvel terminado em março ficou estável nas duas comparações.

A massa de rendimento real habitual (R$ 216,3 bilhões) teve queda (-1,3% ou menos R$ 2,9 bilhões) frente ao trimestre anterior e ficou estável ante o mesmo trimestre de 2019.

Taxa de desocupação – Brasil – 2012-2020 (%)

Nos grupamentos de atividades, frente ao trimestre móvel anterior, a ocupação caiu em seis dos dez grupamentos investigados: Indústria (-2,6%), Construção (-6,5%), Comércio e Reparação de Veículos (-3,5%), Alojamento e Alimentação (-5,4%), Outros Serviços (-4,1%) e Serviços Domésticos (-5,9%), com estabilidade nos outros quatro. Contra o mesmo trimestre de 2019, a ocupação cresceu 3,4% na Administração Pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com estabilidade os demais grupamentos.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 53,5%, com redução de 1,6 ponto percentual frente ao trimestre móvel anterior (55,1%) e de 0,4 ponto percentual em relação a igual trimestre de 2019 (53,9%).

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 105,1 milhões de pessoas, caiu (-1,0% ou 1,1 milhão de pessoas a menos) em relação ao trimestre móvel anterior e permaneceu estável frente ao mesmo trimestre de 2019. Já a força de trabalho potencial (8,3 milhões de pessoas) cresceu 7,3% (mais 568 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e permaneceu estável ante o mesmo trimestre de 2019.

Taxa composta de subutilização – trimestres de janeiro a março – 2012 a 2020 – Brasil (%)

O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (6,5 milhões) recuou frente ao trimestre móvel anterior (-4,8%, ou menos 325 mil pessoas) e, também, em relação ao mesmo trimestre de 2019 (-4,4% ou 301 mil pessoas a menos).

O número de empregadores (4,4 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações.

A categoria dos empregados no setor público (11,7 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, ficou estável frente ao trimestre anterior e aumentou 2,6% (mais 290 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2019.

Rendimento médio mensal real habitualmente recebido no mês de referência, de todos os trabalhos das pessoas ocupadas – Brasil – 2012/2020 (R$)

Com assessoria

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