quinta-feira 18 de abril de 2024

Em ação política de solidariedade, MST doa 20 toneladas de alimentos na periferia de Maceió

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo

 

Movimento Sem Terra traz alimentos para moradores da periferia da capital
Foto: MST/AL

Em maais uma ação para dialogar com a sociedade sobre a importância da Reforma Agrária, o Movimento Sem Terra (MST, vai distribuir cerca de 20 toneladas de alimentos em, pelo menos, oito bairros de Maceió. De acordo com Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, a distribuição de alimentos é um ato de solidariedade dos trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra de Alagoas com a população da periferia da capital.

Os alimentos são doações dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária de Alagoas e vão ser entregues no bairro da Levada e na Vila Brejal, onde a Casa do Congresso do Povo atua. Também serão distribuídos para as organizações Abassá de Angola (Mãe Vera), no Eustáquio Gomes, Comitê dos povos de Alagoas (Sururu de Capote),Projeto Erê (Brejal), Afro Dendê (Cidade Sorriso), CEPA Quilombo (Jacintinho), Banho Solidário (moradores de rua), Quintal Cultural (Bom Parto) e Nosso Lar (Levada).

“Essa é mais uma demonstração do papel da luta pela Reforma Agrária em Alagoas e no Brasil, que é produzir alimentos saudáveis para chegar até a mesa de quem vive na cidade”, disse Débora Nunes. Segundo ela, as doações que o MST vem fazendo desde o início da pandemia provocada pelo Covid-19 visa enfrentar a fome que tem se aprofundado nesse período, em especial nos bairros da periferia.

“Aqui estamos partilhando o que temos de melhor no campo alagoano: comida sem veneno, fruto da luta e da organização de milhares de famílias que tiram da terra seu sustento e compartilham de maneira solidária com aqueles e aquelas que enfrentam diversos desafios nos centros urbanos”,acrescentou a coordenadora do MST.

Moradores de 8 bairros serão beneficiados com os alimentos do campo
Foto: MST/AL

Somente em Alagoas o MST já doou cerca de 40 toneladas desde o início da pandemia. Além das periferias de Maceió, o movimento também levou alimentos ao município de Santana do Ipanema, no Alto Sertão de Alagoas, cidade que sofreu com a enchente deixou centenas de famílias desabrigadas.

Ainda de acordo com Débora, a pandemia agravou os problemas estruturais que estão enraizados na sociedade e que, em sua maioria, tem profunda relação com o campo. “Seja a fome, o desemprego, a falta de moradia, o inchaço das grandes cidades tem uma relação com o que aconteceu ou deixou de acontecer no campo” – afirma.

“Quando o trabalhador ou trabalhadora é expulso do campo e vem para as cidades, na tentativa de viver bem, são nas favelas que eles precisam se abrigar, além de estarem sujeitos aos empregos mais precarizados, sem direitos sociais… E toda essa crise que vivemos em nossa sociedade, foram ainda mais agravados durante a pandemia. Escancarando as condições de pobreza e precariedade que vive a maioria do povo brasileiro” – acrescentou ela, destacando o caráter político da ação do MST.

Plano Emergencial

Ainda na agenda da sexta-feira, o MST realiza um debate online com a presença dos professores Lucas Gama (Campus Sertão) e Cícero Albuquerque (Campus Arapiraca), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) sobre a questão agrária alagoana. Na ocasião o movimento lança ainda o Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular, uma elaboração do MST que reúne uma série de propostas com o objetivo de criar empregos, produzir alimentos, movimentar o comércio e garantir renda e condições de vida dignas ao povo brasileiro em meio à pandemia.

Lançado nacionalmente na última sexta-feira, 5, o documento é dividido em quatro pilares: Terra e Trabalho, Produção de Alimentos Saudáveis, Condições de Vida Digna no Campo e Proteger a Natureza, Água e Biodiversidade, onde apontam medidas emergenciais para as necessidades humanas, tanto de acesso ao trabalho, à alimentação, à moradia, mas sobretudo à vida.

O debate será transmitido a partir das 16 horas nas redes sociais do MST Alagoas.

Mais lidas

CPI da Braskem tem 35 dias para concluir investigação, que inclui visita aos bairros destruídos

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo Com o objetivo de investigar

Sem declarar IR cidadão não pode sequer receber prêmio de loteria que, acumulada, hoje sorteia

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo O prazo para entrega da

Risco de morte após a febre chikungunya continua por até 84 dias, diz Fiocruz

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo Em meio à epidemia de dengue

Saúde volta a alertar alagoanos sobre medidas de prevenção contra a dengue

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo A Secretaria de Estado de

PF indicia filho de Bolsonaro por falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo A Polícia Federal em Brasília

FAEC anuncia calendário anual de eventos esportivos para o público escolar

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo A Federação Alagoana de Esportes

Bar do Doquinha: o lar enluarado da boemia

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo Por Stanley de Carvalho* Há

Seduc anuncia processo seletivo para a Educação Especial

12 de junho de 2020 1:12 por Marcos Berillo A Secretaria de Estado da

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *