17 de junho de 2020 7:39 por Geraldo de Majella
A medida que a pandemia avança em Alagoas, aumentam as pressões para que o governador Renan Filho (MDB), flexibilize, ainda mais, o isolamento social. As entidades que representam os setores da indústria, comércio e serviço, em igual intensidade, pressionam, organizam lobbys, com um mantra: afrouxar o isolamento social.
Os especialistas são contra e explicam os motivos pelos quais flexibilizar o isolamento social é danoso para a população e apontam os reflexos terríveis que vão recair sobre as cambaleantes redes públicas e privada de saúde. Os cientistas da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e de outras universidades, apresentaram estudos que indicam o crescimento, ainda maior, de pessoas contaminadas pelo coronavírus e uma estimativa crescente de mortos. É a tragédia anunciada em âmbito estadual.
O governador, ouve os pesquisadores e cientistas, reúne com o comitê científico estadual, mas tudo isso parece ser apenas um gesto protocolar, no dia dia, e aos poucos, cede as pressões do empresariado. O patronato tem mais força quando é posto em comparação aos estudos dos cientistas. Os trabalhadores são tangidos feito gado a caminho do matadouro.
O calendário eleitoral é a bússola que orienta o governador e os prefeitos. A morte da população, para eles, é uma fatalidade da pandemia.
A tragédia anunciada se aproxima em Alagoas