22 de junho de 2020 1:32 por Marcos Berillo
Para mapear e identificar as camadas de rochas e outros componentes que estão embaixo da terra, a mineradora Braskem/AL inicia nesta segunda-feira, 22, um novo estudo de sísmica nos bairros do Pinheiro, Bebedouro e Mutange. No levantamento, que deve durar cerca de duas semanas, serão utilizados equipamentos especiais instalados em caminhões, que produzem uma espécie de ultrassom das camadas mais profundas do subsolo.
A Braskem é apontada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) como principal responsável pelo desastre ambiental em andamento nesses três bairros. Com ruas afundando, casas e estabelecimentos comerciais rachando e com risco de desabar, cerca de 17 mil famílias estão sendo obrigadas a deixar o Pinheiro. Inicialmente denominada Salgema Indústria Química, a multinacional está em Maceió, extraindo sal para produção de cloro-soda, desde 1975.
![](https://082noticias.com/wp-content/uploads/2020/06/Pinheiro-4-1024x576.jpg)
Com o estudo iniciado hoje, que faz parte das medidas de monitoramento previstas no acordo firmado entre a Braskem e autoridades públicas, a empresa quer entender o fenômeno geológico ocorrido nessa região de mineração. Durante cerca de duas semanas, das 8h às 20h, técnicos percorrerão ruas e outros espaços públicos na área, que tem mais de 4,5 mil imóveis, entre comércio e residências.
A empresa esclarece que, apesar de produzir som e vibração em curtos intervalos de tempo, que podem ser percebidos pelas pessoas no entorno do local onde estiver passando o caminhão, o equipamento não prejudica o pavimento das ruas, nem provoca danos às estruturas das residências. Moradores de outras ruas não sentirão a vibração e o som será quase imperceptível.
Haverá interdição de ruas em etapas, conforme mapeamento, sem restringir o acesso dos moradores às suas residências. A programação de interdição de ruas por data está disponível no site www.braskem.com.br/alagoas .
Empresa especializada vai monitorar todo o estudo para garantir que não haverá danos nas estruturas. Os técnicos não precisam entrar nas casas dos moradores para fazer o estudo, e seguirão todos os protocolos sanitários de prevenção ao novo coronavírus, como avaliação médica, uso de equipamentos de proteção individual e respeito ao distanciamento mínimo recomendado pelas autoridades públicas de saúde ao transitar pelas ruas.