sábado 27 de julho de 2024

Monitoramento de praias já devolveu à natureza mais de 2,7 mil animais

Projeto da Petrobras resgata animais marinhos debilitados
Rio de Janeiro – Corpo de baleia morta encalha na Praia do Arpoador, em Ipanema, na zona sul do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela Petrobras, está completando cinco anos de atividades na Bacia de Santos. Nesse período, 2,7 mil animais foram devolvidos à natureza, entre 11,2 mil atendidos e 87,8 mil registrados. A equipe atua diariamente no resgate de animais marinhos vivos debilitados, encontrados na área entre Laguna (SC) e Saquarema (RJ).

Em cinco anos, foram 2.070 aves, 89 mamíferos e 602 quelônios devolvidos aos seus habitats, enquanto 7.574 aves, 1.874 mamíferos e 3.522 quelônios foram atendidos. Outros dados mostram o alcance do trabalho, com cerca de 1,5 milhão de quilômetros de monitoramento diário e contribuições para 200 trabalhos científicos, como teses de doutorado, dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de curso, resumos em congressos e artigos.

De acordo com a gerente-geral de Licenciamento Ambiental e Relacionamento Externo da Petrobras, Daniele Lomba, a atuação do projeto na Bacia de Santos vem gerando vasto conhecimento sobre diferentes espécies marinhas. “A atividade de monitoramento de praias é uma das principais fontes de informações sobre as aves, quelônios e mamíferos marinhos, essenciais para a conservação dessas espécies”. Entre janeiro e junho deste ano, o PMP da Bacia de Santos havia registrado mais de 2,5 pinguins nas praias monitoradas, o maior número em apenas um semestre.

O projeto contribui para a coleta e o armazenamento de dados por meio de um banco de acesso público, chamado Sistema de Informação de Monitoramento da Biota Aquática (Simba), que subsidia informações para planos de manejo e tomadas de decisões dos órgãos ambientais e favorece a disseminação do conhecimento por meio de pesquisas e publicações técnico-científicas. Além da importância para a preservação das espécies em razão das ações de reabilitação, o programa emprega centenas de profissionais de diversas áreas, como oceanógrafos, biólogos, veterinários. Atualmente, são 449 colaboradores que atuam nas três áreas (Santa Catarina/Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro).

“Em agosto de 2015 começamos a ter uma ideia da realidade da mortalidade e dos encalhes de animais marinhos na costa litorânea que abrange o projeto. Os dados coletados servirão como linha de base para apontarmos possíveis mudanças nos padrões de encalhes e o que realmente faz parte da normalidade do ambiente marinho”, explicou o coordenador da área que abrange Santa Catarina e o Paraná, André Barreto.

Atendimento

O projeto é o maior programa de monitoramento de praias do mundo. O monitoramento é fiscalizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e compreende o resgate, a reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo para a manutenção da biodiversidade marinha. Atualmente, há quatro projetos de monitoramento que atuam em dez estados litorâneos, acompanhando mais de 3 mil quilômetros de praias. O PMP da Bacia de Santos é o mais recente da Petrobras.

As equipes dos PMPs trabalham diariamente no resgate de animais marinhos debilitados e de carcaças encontradas em variados estágios de decomposição. Muitos animais encontrados apresentam lesões causadas por embarcações, linhas de pesca e estão afetados pelos resíduos sólidos ou até mesmo mortos. Todos os animais encontrados são avaliados e, quando necessário, encaminhados para o atendimento veterinário.

Após a estabilização do quadro clínico, o animal é ambientado para retornar à natureza. No entanto, antes da soltura eles recebem uma marcação que permitirá o acompanhamento caso reapareçam em outra região. Os pinguins, por exemplo, recebem chips. Nos animais encontrados mortos é realizada necropsia para identificar a causa da morte e avaliar se houve interação com atividades humanas.

Fonte: Agência Brasil

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