20 de outubro de 2020 5:00 por Da Redação
Em pronunciamento na manhã desta terça-feira, 20, na Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado estadual Antônio Albuquerque acusou o Ministério Público, o Poder Judiciário e a polícia de estarem montando uma nova trama contra ele. “Preparam mais uma canalhice contra minha pessoa” – declarou, dizendo-se novamente vítima de perseguição.
No pronunciamento, o deputado afirmou que, com as informações que tem, vai procurar o procurador chefe do Ministério Público, Márcio Roberto Tenório, e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Tutmés Airan, para informar que “não vai receber de forma cidadã” algum tipo de decisão contra si.
“Estou antecipando os fatos para dizer que vou reagir materialmente e vou enfrentá-los pessoalmente. Muito mais voraz e violenta será minha reação”, anunciou. Sua reação dessa vez, declarou Antônio Albuquerque, será diferente da que teve quando foi preso.
O parlamentar foi preso pela Polícia Federal em julho de 2008, acusado em crimes de pistolagem.
Ele relembrou o momento em que foi preso por um crime que, segundo disse, não cometeu, por perseguição. “Quatro anos depois, o TJ [Tribunal de Justiça de Alagoas] sequer recebeu a denúncia feita contra mim por causa das denúncias infundadas”, afirmou, acrescentando que soube de uma nova trama contra ele e que não vai se calar.
Segundos disse no pronunciamento, circulam informações de que ele teria mandado matar ou matado os homens que atentaram contra seu filho, Nivaldo Albuquerque Neto. “Não matei, infelizmente. Se tivesse oportunidade de matar, faria sem nenhum constrangimento”, enfatizou.
Em fevereiro de 2012, “Nivaldinho”, como é mais conhecido o filho do parlamentar, sofreu um atentado quando estava na fazenda Jurema, uma das propriedades de Albuquerque, no município de Limoeiro de Anadia. Segundo testemunhas, quatro homens chegaram a pé e com armas em punho, dizendo serem policiais.
Identificados como integrantes de uma quadrilha, os homens foram presos logo depois, em março daquele ano, na cidade sergipana de Canindé de São Francisco. Apontado como líder do bando e autor dos disparos contra Nivaldo Neto, Anderson Santos da Cruz, 25 anos, conhecido como “Galego”, disse que o atentado foi por vingança.
Em 2016, Nivaldo Neto, na condição de primeiro suplente, Nivaldo Neto assumiu o mandato de deputado federal em substituição a Maurício Quintella, que se licenciou para ocupar o cargo de Ministro dos Transportes no governo Michel Temer.
“Queria dar na cara dele, como ele fez comigo, dois dias antes, no Parque Ceci Cunha. Mas aí ele reagiu e atirei. Tive a chance de descarregar o revólver nele, mas não queria matá-lo”, disse Anderson, ao ser preso. Em setembro do ano passado, Galego foi morto dentro do sistema prisional alagoano. Segundo as informações policiais, após uma briga com uma gangue rival, ele foi encontrado com uma faca artesanal no pescoço.
Na sessão, o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor, se manifestou declarando que “não vai permitir que Albuquerque sofra nenhum atentado oficial ou oficioso”.