28 de outubro de 2020 1:27 por Da Redação
Em plena pandemia de Covid-19 e com índices de pobreza em crescimento no Brasil, o governo Jair Bolsonaro apresentou o decreto 10.530, que autoriza a equipe econômica de Paulo Guedes a buscar “modelos de negócios” para unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS).
O ato de Bolsonaro, publicado ontem (27) o Diário Oficial da União, também autoriza estudos de parcerias para setor privado construir e operar postos de saúde no país, o que gerou reação imediata na oposição. “Saúde não é mercadoria!”, disse a deputada Maria do Rosário (PT/RS), ao alertar que a proposta abre as portas para a privatização do SUS.
Governo quer privatizar Unidades Básicas de Saúde!
Ontem mesmo apresentei o PDL 453 contra isso. https://t.co/ha9HgzleVG
Saúde não é mercadoria!
Vamos derrotar esse Decreto 10530/20 q inicia privatização em plena pandemia. https://t.co/4kDUcueMXV. pic.twitter.com/Sf3z2PuBOb— Maria do Rosário (@mariadorosario) October 28, 2020
Ela disse que apresentou nessa quarta-feira (27) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) de número 453 para barrar a ação do governo. A mesma iniciativa teve a deputada Jandira Feghali (PCdoB/RJ). “Esse cidadão [Jair Bolsonaro] divulgou decreto hoje também preparando ‘estudos para modernização de unidades básicas de saúde’. Mentira! Esse homem também quer privatizar o SUS”, afirmou.
Esse cidadão divulgou decreto hoje TAMBÉM preparando "estudospara modernização de unidades básicas de saúde". MENTIRA! ESSE HOMEM QUER PRIVATIZAR O SUS. Estou preparando um PDL para acabar com essa história!!! pic.twitter.com/1xBxB4T7Yq
— Jandira Feghali ??? (@jandira_feghali) October 27, 2020
Da bancada alagoana, Paulão (PT) classificou a iniciativa do governo federal como “criminosa”. Segundo ele, o decreto presidencial vai promover a exclusão de milhões de brasileiros que dependem do atendimento no SUS, que seria ameaçado.
Ele acusa o governo de realizar um verdadeiro desmonte do Estado brasileiro. “O Congresso nesse momento precisa pensar no Sistema Único de Saúde, na atenção básica a população e nunca jamais na sanha destruidora de um ministro tresloucado que está desmontando as políticas públicas no País. Privatizar a saúde é apressar a morte de uma grande parcela de brasileiros que dependem do sistema. E isso é um crime”, ressaltou.