19 de novembro de 2020 1:22 por Da Redação
Nem Alfredo Gaspar de Mendonça, nem JHC. O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que participou da eleição com o nome da ex-reitora da Ufal e assistente social Valéria Correia, recomenda o voto nulo no 2º turno.
O partido, que formou uma frente de esquerda com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), destaca que a recomendação e um posicionamento contra duas candidatutas com “vínculos bolsonaristas”.
“Temos a certeza de que cada voto foi consciente de que a esquerda pode realizar as mudanças que Maceió, Alagoas e o Brasil precisam para enfrentar o obscurantismo, o conservadorismo, a negação da ciência, a destruição dos serviços públicos e dos servidores, o racismo, o machismo, a misoginia, a LGBTfobia, a retirada dos direitos sociais e trabalhistas e a destruição do meio ambiente, características do Bolsonarismo”, diz a nota.
Leia, abaixo, na íntegra:
O Partido Socialismo e Liberdade agradece os 13.568 votos depositados em sua candidatura à prefeitura de Maceió, que neste pleito formou com o PCB uma frente de esquerda que apresentou uma alternativa popular.
Temos a certeza de que cada voto foi consciente de que a esquerda pode realizar as mudanças que Maceió, Alagoas e o Brasil precisam para enfrentar o obscurantismo, o conservadorismo, a negação da ciência, a destruição dos serviços públicos e dos servidores, o racismo, o machismo, a misoginia, a LGBTfobia, a retirada dos direitos sociais e trabalhistas e a destruição do meio ambiente, características do Bolsonarismo.
Nossa proposta para Maceió é abolir o trato da coisa pública como privada, enfrentando os interesses de grupos econômicos e políticos que se perpetuam no poder ou se apresentam como novo para nutrir a reprodução das desigualdades sociais, o desmonte das políticas públicas, a retirada dos direitos das/os trabalhadoras/es e dos servidores públicos, das opressões de classe, raça, gênero e sexualidade.
Também defendemos o enfrentamento dos interesses econômicos e políticos que loteiam a cidade de Maceió para se beneficiarem, colocando o lucro acima da vida e destruindo o meio ambiente, quando permitem a especulação imobiliária predatória e o crime ambiental provocado pela Braskem com a mineração que afunda bairros e histórias de milhares de pessoas. Esses interesses condenam os moradores da periferia de Maceió a viverem sem saneamento básico adequado e em péssimas condições de moradia causando 80% das doenças.
O abandono do poder público e a miséria gritante existente em Maceió, da orla lagunar, passando pelo Vale do Reginaldo, Jacintinho à parte alta da cidade não pode ser invisibilizada, condenando seus moradores a terem uma taxa média de letalidade por Covid-19 duas vezes maior que os moradores dos bairros mais bem estruturados, durante a pandemia.
A conjuntura só nos mostra que não temos alternativa para o segundo turno, tendo em vista que as duas candidaturas que se apresentam não se coadunam com os nossos princípios éticos, políticos e ideológicos, nem tão pouco com a nossa concepção de sociedade e de cidade. São candidaturas com vínculos bolsonaristas, que só reafirmam seus acordos e pactos com as oligarquias políticas de Alagoas e com o grande capital, em detrimento da vida da população maceioense. Diante dessa fatídica realidade, o PSOL convoca a sua militância a votar nulo, como um posicionamento crítico, resistente e responsável, que defende a vida e uma sociedade igualitária. Vamos votar nulo e fortalecer a nossa luta!
Nossa voz coletiva fará valer o acesso à cidade e às condições dignas de vida da maioria da população de Maceió! ELES NÃO!