segunda-feira 14 de outubro de 2024

O que há de novo nisso?

A prefeitura de Maceió não é um condomínio particular. A transparência dos atos administrativos não é a gravação e a edição de vídeos que são postados nas redes sociais como se aquilo fosse a verdade.

14 de janeiro de 2021 5:51 por Geraldo de Majella

O prefeito de Maceió JHC

Bezerra da Silva é um cantor e compositor pernambucano que ficou famoso cantando a malandragem e o seu modo de vida nos morros cariocas. A linguagem usada pelo cantor é de fácil entendimento. O artigo 171 do Código Penal ficou mais popularizado com a sua música e o seu jeitão de explicar.

Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. O 171( um, sete, um) é uma gíria usada para descrever uma pessoa mentirosa e aproveitadora. A comparação com atitudes de um governante pode até parecer ofensiva, mas não é.

Vejamos: o prefeito de Maceió, JHC, anuncia que irá nomear para cargos comissionados as pessoas que forem selecionadas através de currículo enviado à prefeitura. Isso levanta suspeitas de como será realizado o processo de seleção. Quais os critérios?

O prefeito se utiliza do marketing e das redes sociais para propagandear, mas não é transparente, um imperativo ético e moral, principalmente para quem foi eleito denunciando os adversários como políticos viciados, praticantes da Velha Política. A prefeitura de Maceió não tem condições de realizar a seleção, esse é um fato, pelo menos com a rapidez necessária.

Por que JHC não entrega à Ufal, que é uma entidade pública e de referência, a seleção dos candidatos? A sociedade de um modo geral não acredita nos políticos. Na linguagem de Bezerra da Silva, são estelionatários, salvo as exceções que há sempre.

A prefeitura de Maceió não é um condomínio particular. A transparência dos atos administrativos não é a gravação e a edição de vídeos que são postados nas redes sociais como se aquilo fosse a verdade. O prefeito deve ser um cidadão acima de qualquer suspeita ‒ pelo menos em tese deve ser assim.

A Ufal é uma das cinquenta melhores universidades do Brasil, tem expertise e goza de respeitabilidade junto à sociedade. O prefeito não é uma instituição, nem goza de respeitabilidade suficiente para ele próprio selecionar milhares de currículos de cidadãos bem intencionados que os enviaram acreditando numa peça de marketing veiculada durante a campanha eleitoral.

O populismo é conhecido na versão antiga e na concepção moderna high tech usada pelo prefeito. Mas temos fontes que garantem que vereadores, empresários, amigos e parentes do prefeito estão fazendo indicações mediante a apresentação do currículo os seus apadrinhados. O que há de novo nisso?

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