5 de junho de 2021 2:39 por Nivaldo Mota
Para onde caminha a gestão de Mário Marroquim no Clube de Regatas Brasil? Esta tem sido a pergunta em qualquer conversa de Regatianos, preocupados com os destinos do Clube, que um dia teve um patrimônio de fazer inveja a muitos clubes no Brasil.
A grandeza do CRB não era somente ser um ganhador de títulos no futebol, era sobretudo estendido para outros esportes, como o Voleibol, com destaques até internacional. Era uma sede, um clube social em frente ao mar da Pajuçara, era um estádio de futebol, um lugar para treinar ali mesmo, um ginásio.
Era um clube náutico também, está lá, registrado em um dos nossos jornais matutinos, em 1976, nova direção eleita, tinha um diretor de esportes náuticos. O CRB era mais que um time de futebol, era um clube, que não foi administrado como deveria ter sido, aonde a paixão e o amadorismo sobressaiu-se mais que a racionalidade ao longo dos tempos.
Até azulino mandou no CRB, caso do ex-presidente da Federação Alagoana de Futebol, o Gustavo Feijó, mas ele não foi culpado disso, a nossa gênese em eleger em um circulo fechado sempre quem vai dirigir os destinos de milhões de torcedores.
Se a administração do empresário Mário Marroquim, não começar a fazer uma curva na direção do profissionalismo, da democratização do clube, será mais do mesmo, fundamental ter isso em mente, porque se não será engolida pelo turbilhão de cobranças por não ter um norte. Toda transição é difícil, mas é necessária para mudanças transformadoras dentro do clube.
Que o estatuto do clube, no que diz respeito ao processo eleitoral é atrasado, draconiano, sem espaços de decisões dos sócios. O que fizeram a alguns anos atrás foi a maior enrolada e que muita gente no CRB comeu gato por lebre sobre as mudanças dos estatutos, que não mudou no essencial, que era fazer do sócio um ator importante na hora da decisão de eleger uma diretoria.
O que fizeram foi entre os sócios eleger alguns poucos para compor um tal Conselho já composto de pessoas que na grande maioria não tem interesse mudar mais nada dentro do clube, a não ser garantir ales próprios o direito de escolher quem eles queiram. O movimento CRB ACIMA DE TODOS, vacilou feio em participar deste arrumadinho, falaram na época que o CRB caminhava para uma democracia, quanta enrolação!
Mas enfim, o Sr. Mário Marroquim vai querer mudar isso e propor e se empenhar para garantir que um sócio seja a ele garantido o voto universal dentro do clube? Claro, com ele adimplente, que ele tenha o direito de votar e ser votado? Se não der este passo a frente, a administração Marroquim não será diferente das demais!
Outra coisa, depois da venda de todo o patrimônio do clube ( é bom ressaltar que ele foi sendo dilapidado ao longo de décadas), o CRB montou um excelente Complexo de Treinamentos, como também adquiriu um Casarão em Jaraguá, aonde iniciou-se a construção de um ginásio esportivo.
Não sei como está hoje, dá última vez que estive neste Casarão, me pareceu muito abandonado, com uma sala e alguns troféus, fotos, e uma funcionária para se fazer o sócio torcedor.
É preciso resgatar todos os troféus ganhos pelo clube, qualquer clube que se preza nos dias atuais tem um museu contando suas histórias, que esta direção já alguns meses que assumiu os destinos do clube, pense nisso, historiadores e pesquisadores, devem ser convocados para se contar esta história belíssima do Clube de Regatas Brasil.
Por fim, revitalizar o Casarão, ele tem que ser ponto de encontro da torcida e dos sócios, construir nele um espaço social, não existe nada mais importante que se resgate a áurea de clube, não somente de um time de futebol.
Que as divisões de base sejam alimentadas com o que há de melhor, não somente para pegar o jogador numa vitrine (pode ser também), mas essencialmente dizer que e com muito orgulho, craque se faz em casa, é só querer!
E por último mesmo, a camisa número um do CRB é a branca com lista vermelha na altura do peito e com o escudo no meio, ponto final!
1 Comentário
Lamentável é o estádio Rei Pelé 1 ano e meio fechado e nada de recuperação de áreas comprometidas nas arquibancadas, um descaso com o futebol e com os clubes.