14 de junho de 2021 8:35 por Da Redação
Nesta segunda-feira (14), a Frente Brasil Popular, organizada por movimentos sociais, partidos políticos e sindicatos, constrói mais uma edição da Marmita Solidária. Fortalecendo o lema “Vacina no Braço, Comida no prato”, a marmita é produzida no Armazém do campo-RJ, produzida por voluntários conhecidos como “Mãos Solidárias”, e nesta edição a distribuição será direcionada pros entregadores de Aplicativo, solidarizando-se com a categoria no #BrequeDosApps.
Trabalhadores de aplicativo se organizam em greve unificada, nesta segunda-feira. Os entregadores de App irão se concentrar na Cinelândia no aguardo da audiência pública que discute o PL103/2021, dos pontos de apoio para os entregadores de delivery, iniciativa promovida pelo vereador Tarcísio Motta (PSOL).
O ato terá continuidade numa “Pedalada” até Copacabana com intuito de denunciar os abusos da Polícia Militar e da precariedade laboral. Em comunicado oficial dos trabalhadores, eles descrevem a luta em favor do aumento das taxas e remunerações para entregadores, fim das OL, Pontos de Apoio e fim do RapidTurbo.
Entenda por que a Marmita Solidária chega aos trabalhadores precarizados
A ação Solidária completou um ano no último 1º de maio. Ela surgiu como mais uma ação das frentes organizadas de solidariedade no início da pandemia, mas pouco a pouco foi ganhando fôlego e unidade na construção coletiva de uma grande diversidade de organizações no processo.
Com o decorrer do tempo, o objetivo central da ação foi se trasladando pros trabalhadores precarizados, informais, camelôs e de delivery, categorias em aumento nos altos índices de desemprego somados à crise estrutural econômica e sanitária.
“A marmita solidária tem a característica de fornecer comida de verdade, alimentos oriundos da agricultura familiar e da reforma agrária popular para o trabalhador que precisa”, descreve Rosinha, uma das organizadoras da ação.
Cumprindo um papel fundamental na relação da agricultura familiar e os mais vulnerabilizados da cidade, a ação tem base em dados do IBGE, que apontam que a extrema pobreza afeta 13,7 milhões de brasileiros. O Centro de Ação Comunitária também faz parte da construção coletiva da Marmita Solidária, assim como um grande coletivo de organizações.
Agro não é pop; pop é agricultura familiar
Segundo a coordenadora do Centro de ação comunitária, a agricultura familiar cumpre um papel fundamental neste processo de resistência. “A agricultura familiar oferece alimentos saudáveis e a preço justo, mas para cumprir bem esse papel, precisa de políticas de reforço e apoio que infelizmente só tem sido oferecida pro Agronegócio, Agro que não e pop e não é vida; pop é a Agricultura Familiar, ela sim é geradora de vida. A proposta da Marmita Solidária é um exemplo muito concreto de sistemas alimentares mais justos, saudáveis e equitativos são viáveis e absolutamente necessários, apoiados de novas relações entre o campo e cidade”, afirma.
Também constroem a Marmita Solidária no Rio de Janeiro a Articulação de Agroecologia (AARJ) e a Frente Brasil Popular (FBP) através das entidades: Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Levante Popular da Juventude, Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Central das Trabalhadoras é Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União da Juventude Socialista (UJS), Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Sindicato dos Rodoviários, ANDES, ASFOC, ADUFRJ, SINTUFRJ, Sisejufe, UBM, Cedro, Cedac, PCdoB, PT, Sintuperj, e o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio do Rio de Janeiro.
Seja uma Mão Solidária: acesse ao grupo de Whatsapp e participe das equipes!
Para doações: É possível apoiar através da conta no Banco do Brasil (Ag: 2975-0 / C/c: 127970-0) ou Pix 08.087.241/0001-21 – Escola Estadual de Formação e Capacitação à Reforma Agrária (ESESF).
Fonte: Página do MST