7 de agosto de 2021 3:59 por Ricardo Ramalho
A reconexão com os processos naturais, na atualidade, tem sido uma busca generalizada dos humanos. Percorrer essa trilha deslumbrante, nos arremessa ao intenso uso de nossos sentidos básicos. Mas, não basta uma aproximação fria, mecanicista. Requer emoção, afeto, paixão pela Natureza e seus inúmeros componentes. Exige o uso sensorial que nos iguale, nos coloque na real posição, enquanto mera espécie viva, dentre um inimaginável caudal de outras formas de vida.
Nossos sentidos necessitam de aproximação com as características da Natureza, da beleza de seus aspectos e complexidades. Um olhar acurado para as cores e formas dos elementos naturais, nos descobrem matizes e modelos desconhecidos. Nosso olfato se inebria com odores inusitados de folhas, flores, frutos, da terra. Sentir, com o tato, superfícies dessas composições naturais é um prazer para quem deseja esse retorno ao natural, ao simples. Ouvir os pássaros, os insetos, o ranger dos ramos, o coaxar das rãse até o silêncio que acorda o espírito. Degustar sabores, encontrando requintes da culinária saudável, do doce ao salgado, do amargo ao ácido, mesclados ao apimentado.
Essa vereda de sentimentos que afloram, nos reaproxima da Natureza. Caminhar nessa direção nos afastará da desolação que nos afeta nesses difíceis tempos. Vivenciar um modelo que produza o bem viver, é a proposta.