26 de agosto de 2021 2:53 por Claudevan Melo
Venho postando nos últimos anos registros biográficos de artistas alagoanos onde procuro deixar a maior quantidade possível de informações sobre cada um.
Hoje o personagem é Pajeú do Sertão, nome artístico que o consagrou nacionalmente, e que foi registrado como Laércio Alves de Lima, nascido no dia 11 de outubro de 1941, na localidade de Serra do Gugi, no município de Santana do Ipanema, em Alagoas.
Herdou o gosto pela música regional de seu pai que era repentista. Diante das dificuldades no sertão alagoano, ao completar dezoito anos se apresenta no 20º Batalhão de Caçadores (20 BC), em Maceió onde serviu como soldado.
Pajéu, ao terminar o serviço militar obrigatório, foi morar em Aracaju, onde serviu como soldado no Corpo de Bombeiros, mas no entanto como a sua aptidão era a música e desejava seguir a carreira profissional, não demora na corporação militar, pede baixa e passa a se dedicar unicamente a tocar o seu instrumento de coração e que o consagrou: a sanfona.
Anos depois, casado, retorna a Alagoas, e em Maceió, nasce o filho Tony que se tornaria músico (zabumbeiro) e vai participar da sua banda adotando o nome artístico de Tony Maceió. A vida de músico o levou para os mais distantes rincões do sertão nordestino, em 1970 se muda para São Paulo, mas só em 1981, foi possível gravar o seu 1º LP.
A sua alma alagoana o traz novamente para morar em Maceió abre uma casa de forró, com o nome de Forrozão do Pajeú. É nesta casa que grandes nomes da música popular nordestina se apresentaram, o mais destacado foi Luiz Gonzaga, Mestre Zinho, Tororó do Rojão, Edgar dos 8 Baixos e outros.
Pajeú faleceu prematuramente de acidente automobilístico na década de 1990.
Destaque para as faixas dos LPS:
“Maceió meu Xodó” e “Vou Voltar a Terra dos Marechais”.
“Forró Bom” de Jucá Santos e Juvenal Lopes
“Pense Bem” de Marcondes e Marcos Costa.
“Rosinha” de Marcondes e Marcos Costa
“Desperta Palmeira” de Jucá Santos.
Discografia:
-LP Juazeiro do Norte 1981
-LP Forró Bom 1988.
Pajéu do Sertão é um exemplo de músico alagoano que ainda não recebeu uma justa homenagem pelo conjunto de sua obra.
(*) Claudevan Melo é pesquisador e colecionador.
1 Comentário
Olá meu amigo, a informação de falecimento está errada. Meu avô veio a falecer em 2015, por causas naturais.