7 de setembro de 2021 7:05 por Mácleim Carneiro
Se você procurar o significado da palavra aluê em dicionários ou no quase infalível Google, no máximo, chegará à palavra aluá, que é uma bebida feita da casca do abacaxi.
Se tiver a pachorra de insistir na curiosidade, encontrará aluê como nome próprio de uma personagem indígena do romance ‘Léguas da Descoberta’, psicografado por Cláudio Guilhon.
Porém, se quiser descobrir musicalmente e da melhor maneira possível ao paladar auditivo, saiba que ‘Aluê’ é o mais recente álbum (foto) do percussionista brasileiro Airto Moreira, que durante oito anos consecutivos foi eleito o maior percussionista do mundo!
E foi ele mesmo quem tratou de desvendar o mistério etimológico da palavra aluê, ao afirmar que o nome nasceu de uma “viagem psicodélica”, quando estava em uma praia na Califórnia dos anos 1970. “Para mim, aluê significa bom dia e é como o galo cantando de manhã.”
Na verdade, a música-título do nosso álbum em questão, vem dessa época e foi gravada pela primeira vez no primeiro disco solo de Airto, ‘Natural Feelings’ (1970).
O álbum Aluê, que podemos dizer ser o primeiro disco brasileiro de Airto Moreira, faz uma releitura de discos importantes de sua carreira, com algumas boas novidades inéditas.
Claro, tem a empolgante Aluê, uma parceria do percussionista com sua esposa Flora Purim, além da interessantíssima Lua Flora (Flora Purim e José Neto), cantada por Diana Purim, filha do casal de artistas, que ratifica sua genética musical por herança e tem a participação, no pandeiro, de Krishna Booker, casado com Diana e, portanto, genro de Flora e Airto.
Aluê é um disco híbrido por natureza, típico dos percussionistas criativos do naipe de Airto Moreira.
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!???