11 de setembro de 2021 1:14 por Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) opera na política com um objetivo: o confronto. É através do confronto desmedido que se tornou uma referência extremista. A exemplo do pêndulo que vai de um extremo ao outro, na política real, vem percebendo que necessita de aliados – não importa se é caro ou barato, o Centrão é muito caro, mas as lideranças neopentecostais, até que não – e, dessa maneira, tem desmontado o Estado brasileiro.
Ávido para ser o ditador-pátrio, nessa condição não daria satisfação à opinião pública, aos partidos políticos, aos movimentos sociais e à imprensa.
Impulsionado pelo radicalismo tem, desde que foi empossado, incitado a matilha da qual é o principal líder contra as instituições da República, em particular, o Supremo Tribunal Federal (STF).
Como um bufão, tem avançado e, ao sentir a resistência, recua. Tem perdido apoio da opinião pública e monta a estratégia para se segurar no poder investindo na fidelização dos que o apoiam, uma franja cada vez menor e radicalizada.
Pronuncia frases ambíguas em direção ao seu público, como fez nessa sexta-feira (10): “Ninguém está recuando. Não pode ir pro tudo ou nada. Arrumar o Brasil devagar. Vai arrumando”.
O pedido de socorro feito a Michel Temer para interceder junto à Suprema Corte e, mais especificamente, ao ministro Alexandre de Moraes, é o sinal antevisto de um derrotado político que vai passar pelo rubicão da CPI da Covid.
Antes, as suas bases radicalizadas vão sofrendo derrotas morais e políticas. O discurso anticorrupção e de uma nova política não é possível empunhar publicamente. A família, tida como um trunfo a ser apresentado, hoje é um embuste. Todos os filhos, a mulher e as ex-mulheres estão envolvidos em corrupção.
Mobilização dos caminhoneiros é um retrato do fracasso bolsonarista
A tentativa de motim de caminhoneiros como arma para enfrentar o Supremo Tribunal Federal resultou numa retumbante derrota política. Em poucas horas, o presidente assinou uma nota redigida pelo antecessor, Michel Temer, que é um pedido de indulto patético. Em poucas linhas, nega, vergonhosamente, os impropérios assacados contra o ministro Alexandre de Moraes.
A matilha que tem sido instigada queria ou ainda quer sangue, sentiu-se traída, alguns a caminho da prisão e da condenação pelos crimes cometidos. O Zé Trovão é o mais emblemático deles.
Nas redes sociais, onde cometem crimes aos borbotões, estão desnorteados com as falas de Bolsonaro. O líder golpista é uma farsa que a realidade vem revelando mais rápido do que os seus adversários poderiam supor.
Nas redes sociais, parcela dos seus seguidores está pulando fora do barco. Sentindo a derrota, Bolsonaro continua falando com arrogância: “Posso um dia errar. Até o momento não errei”. Esse é o bufão que preside o Brasil.