terça-feira 16 de abril de 2024

Sem apoio, pequenos circos lutam para sobreviver

A coragem do palhaço Gostosinho

21 de setembro de 2021 10:42 por Da Redação

O amor pela arte popular é o que mantém estendida a lona do Circo do Palhaço Gostosinho. Diante das inúmeras dificuldades, profundamente agravadas pela pandemia Covid-19, o fechamento do circo seria a solução mais simples.

Mas não para um homem que nasceu no mundo circense. Aos 59 anos de idade, o norte-riograndense Nazareno Tavares Brandão, o palhaço Gostosinho, reafirma a esperança de que os problemas serão superados, e o espetáculo renovado.

Nazareno Brandão, o palhaço Gostosinho, luta pela arte circense / Fotos: Thânia Valença

Na manhã do último domingo, 19, sob o sol escaldante do Sertão alagoano, ele, os filhos e alguns colaboradores voltaram a se unir para levantar a lona colorida e iniciar uma nova temporada. Passava das 11h e todos tinham pressa, pois o espetáculo, na cidade de Delmiro Gouveia, seria iniciado às 17h.

Porém, Nazareno não se negou a dar uma parada e falar sobre o mundo do circo, no qual vive desde o nascimento, na cidade de Guamaré (RN). “O circo é a minha vida. Aqui já estamos na 6ª geração” – disse ele, orgulhoso dos filhos e filhas e das netas, que fazem com ele o show de todo dia.

Entretanto, a família do Circo do Palhaço Gostosinho passa por momentos ainda mais difíceis. “Como toda a arte popular, os pequenos circos sofrem demais. A falta de apoio sufoca a gente. E a situação piorou muito com a pandemia. Não sei como estamos conseguindo sobreviver” – afirma o dono do circo.

A montagem do circo envolve toda família

Casado com a alagoana Margarida Teixeira Cavalcante, nascida em Santana do Mundaú, Nazareno se mostra um cidadão consciente da realidade em seu entorno e, sem críticas aos gestores das cidades pelas quais passou, afirma que a situação poderia ser melhor se recebessem apoio.

“Mesmo antes da pandemia a situação sempre foi difícil para os artistas populares. Mas tudo ficou pior com a pandemia. Os circos, os músicos, o cinema,o teatro, todos sofremos, sem poder trabalhar!” – lamentou Gostosinho.

As filhas e netas formam a 6ª geração circense

Contudo, em momento algum ele pensa em desistir. “Somos o mundo. A tradição diminui, mas não morre. O circo, a arte, vão sempre existir” – destaca o palhaço. Para ele, a cultura circense se renova, mas mantendo a tradição do palhaço, da corda indiana, da lira, dos malabaristas, trapezistas e tantas outras atrações. “O circo vive!” – diz ele, pedindo licença para terminar o trabalho, pois o show deve continuar.

O Circo do Palhaço Gostosinho está desde 2019 na cidade alagoana de Delmiro Gouveia.

https://www.instagram.com/circo_do_palhaco_gostosinho/

 

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