8 de outubro de 2021 2:48 por Da Redação
Foi em dezembro de 2012, no governo Teotônio Vilela Filho, que Maceió começou a ser monitorada por câmeras de segurança. O objetivo era reduzir a criminalidade e, conseqüentemente, os índices de violência. De lá pra cá, foram anunciados diversos investimentos nesse tipo de equipamento, que passou a incluir a leitura de placas de veículos e o registro de acidentes de trânsito.
Porém, a preocupação do estado e do município com essa modalidade de controle parece não ser de interesse dos gestores. Em expressivo número de áreas da cidade, há câmeras que não funcionam. São diversas as queixas de quem procura informações e imagens dos equipamentos, por exemplo, na Via Expressa.
“Fui vítima de um motorista irresponsável, que fugiu do local e até agora não consegui identificá-lo para cobrar os prejuízos” – afirma o barbeiro Pedro Leopoldino, 31.
O jovem diz que estava de moto, na Avenida Menino Marcelo (Via Expressa), no semáforo de acesso ao bairro Graciliano Ramos, sentido aeroporto, quando foi “fechado” (conversão irregular), pelo condutor de um veículo modelo Match, da Nissan. “A moto bateu na lateral do carro e fui jogado a alguns metros. Graças a Deus não morri! Tive apenas escoriações leves” – relata Pedro.
Mas, segundo ele, com o impacto, sua moto ficou praticamente destruída. Diante dos prejuízos materiais, o barbeiro tenta ressarcimento. Para isso, procurou a Superintendência Municipal de Transportes e trânsito (SMTT/Maceió) em busca de imagens, mas lá foi informado que não havia registro, pois as câmaras naquele trecho são da Polícia Militar de Alagoas.
Na central de videomonitoramento da PMAL a informação foi de que as câmeras do local solicitado estavam com defeito e, por isso, desligadas.
“Consegui apenas um registro da câmera da SMTT próximo ao Shopping Pátio, mas não é possível ver a placa do veículo que me atingiu” – lamenta.
O caso citado mostra que a propaganda oficial, de que câmeras de videomonitoramento estão ativas nas vias da capital, contando com sistema OCR (captura e extração de informações), parece não corresponder à realidade.
Desse modo, ou seja, sem o funcionamento pleno e eficiente das câmeras, falta suporte às estratégias de segurança em Maceió, seja para responsabilização por acidentes de trânsito, seja como auxílio no combate aos crimes, como roubos e furtos, e até mesmo nas investigações policiais.
