11 de outubro de 2021 2:27 por Redação
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) contou com a participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Os soldados mortos no conflito foram sepultados no Cemitério Militar Brasileiro em Pistóia, na Itália.
Os restos mortais de 467 combatentes ficaram em solo italiano entre os anos de 1945 e 1960 quando ocorreu o translado para o Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.
A relevância que os italianos dão à FEB, inclusive construindo um monumento para homenagear os combatentes brasileiros que libertaram diversas cidades da Itália e, com isso, ajudando a derrotar o nazifascismo.
O Brasil enviou 25 mil militares para a Itália e, em solo alagoano, centenas de militares patrulhavam o litoral do estado. Em 26 de setembro de 1943, o navio brasileiro Itapagé, utilizado no transporte de carga e de passageiros, foi torpedeado pelo submarino alemão U-161 no litoral de Alagoas. O navio era propriedade da Companhia Nacional de Navegação Costeira, e foi a trigésima-terceira embarcação atacada durante a guerra.
Vilipêndio
O Cemitério de Nossa Senhora da Piedade, em Maceió, tem um mausoléu destinado aos ex-combatentes, mas que se encontra completamente vilipendiado. A Prefeitura de Maceió, através da administração dos cemitérios, não cuida do mausoléu dos heroicos brasileiros que foram à guerra na Itália e os que ficaram em solo pátrio patrulhando o litoral.
O pesquisador alagoano Claudevan Melo, filho de um ex-combatente e que reside em São Paulo, todas as vezes que vem a Maceió visita o mausoléu dos pracinhas no cemitério Nossa Senhora da Piedade, no bairro do Prado, e registrou o estado de completo abandono. O mausoléu, a capela e as ruas internas do cemitérios acumulam lixo.
“Estive no dia 05/10/2021 no cemitério N. S. da Piedade e me deparei com um lugar onde o lixo e o abandono causam repugnância. Quando estive em 2013 as condições de conservação eram boas. Esse tipo de comportamento me parece ser uma política para apagar o papel de homens e mulheres que deram a sua vida para defender a humanidade da barbárie nazifascista durante a II Grande Guerra Mundial. Não há desculpa para a negligência com o patrimônio histórico e a memória dos nossos heróis” .
No total, 148 alagoanos foram combater na Itália e, destes, seis foram mortos em combate e estão sepultados no Mausoléu dos Pracinhas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.