11 de outubro de 2021 8:33 por Mácleim Carneiro
Na coluna ‘Porque Hoje É Sábado’, que a querida Arriete Vilela tinha no jornal Gazeta de Alagoas, me foi solicitado responder à pergunta do grande crítico, que cunhou o termo ‘Teatro do Absurdo’, Martin Esslin (foto):
“A marca do verdadeiro gênio é que ele não se deixa estragar pelo sucesso”?
Particularmente, fico feliz quando o distanciamento do tempo ratifica meus pontos de vista. Portanto, permaneço absolutamente fiel a minha resposta, abaixo:
“Entendo que quando temos o talento e a genialidade como matérias-primas, não é necessária qualquer outra construção para os holofotes”.
Geralmente, via de regra, a genialidade costuma ser inversamente proporcional ao egocentrismo.
O sujeito é reverenciado pelo o que produz e não lhe interessa outra coisa se não esse tipo de reconhecimento.
Excentricidades e coisas do gênero fazem parte de outro pacote, muito mais intrínseco ao business da questão.
Portanto, essa deve ser mesmo a marca do verdadeiro gênio, sobretudo se ele for contemporâneo. Aliás, é mais comum nos referirmos aos gênios pela ótica do passado, negligenciando o fato de ser possível sim a existência de gênios contemporâneos.
Possivelmente, porque estão tão acima da mediocridade que não se encaixam, não têm o perfil da mídia, e são conhecidos e reconhecidos apenas por um seleto e restrito público.
Na música, por exemplo, temos alguns gênios contemporâneos, especialmente brasileiros. Mas a grande mídia desconhece, não tocam nas rádios e nem aparecem na TV.
Talvez, a conclusão mais cruel e pragmática seja a de que os verdadeiros gênios da contemporaneidade não precisam se deixar estragar pelo sucesso, pois o sucesso, nos moldes como o conhecemos, não tem alcance para tanto.”
No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!!???