5 de novembro de 2021 1:16 por Da Redação
A bancada federal de Alagoas não quer saber da população de Maceió atingida pela mineradora Braskem, a exceção é o deputado Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), que, da tribuna da Câmara Federal, denunciou a empresa pelo crime executado na cidade de Maceió. O afundamento do solo provocado pela mineração de sal-gema atingiu mais de 60 mil pessoas e milhares de imóveis, residenciais e empresariais, em cinco bairros.
A tragédia provocada tem sido tratada pela Braskem com indiferença e, acrescida à morosidade nas avaliações dos imóveis, essa estratégia empresarial tem provocado ainda mais sofrimento para milhares de famílias.
Os moradores desesperados com o tratamento dispensado pela Braskem resolveram resistir acampando na porta da empresa, no bairro do Pontal da Barra, em Maceió. Há duas áreas no bairro de Bebedouro, o Flexal de Baixo, Flexal de Cima, além das “quebradas” onde moram algumas famílias que ainda resistem às atrocidades praticadas pela Braskem, com a cumplicidade do poder público, que fechou equipamentos públicos como postos de saúde, a iluminação, coleta de lixo, entre outros.
Os moradores que resistem à pressão da Braskem e do poder público estão sofrendo a segunda ou a continuidade da tragédia através do “ilhamento social”. As famílias estão sofrendo com a angústia de estarem abandonadas e relatam dores e até casos de depressão em consequência da grave situação e do abandono.
“O crime ambiental cometido pela Braskem em Maceió atingiu mais de 50 mil pessoas, que foram retiradas de suas casas e trabalhos para não afundarem junto com os bairros da capital alagoana”, afirmou Paulão.
Nessa quinta-feira (4), moradores do Flexal de Cima e Flexal de Baixo manifestaram sua indignação contra a empresa, mas, foram impedidos de dar sequência ao protesto pela Justiça.
“Até quando a Braskem passará impune por este crime? Minha solidariedade às pessoas que continuam sofrendo com essa situação e minha cobrança para que os órgãos competentes tomem providências acerca dessa situação”, questionou o deputado.
Veja discurso do deputado: