quinta-feira 28 de março de 2024

RETROSPECÇÃO

1 de janeiro de 2022 12:36 por Mácleim Carneiro

Foto: Reprodução

É claro que sabemos ser uma mera questão de convenção, aferição, divisão, ou o que signifique essa equação elaborada para contar de modo racional as horas, dias, semanas, meses e anos. O fato é que me parece ser um tanto metafísica (não no sentido do princípio do ser, mas do princípio do tempo) essa adequação sensorial ao que chamamos de ano velho e ano novo.

Provavelmente, isso sempre irá existir e tem se repetido desde que, nas diversas culturas, os respectivos calendários foram concebidos. No entanto, a simples observação dos fenômenos relativos ao nosso sistema solar, já estabelece uma ‘repetição ad libtum’, pela continuidade sistemática dos ciclos. Sendo assim, na existência de tal enquadramento, folhinhas de calendários ainda terão o poder de determinar, cronologicamente, nossa existência neste plano.

Pensando bem, se eu resolvesse ignorar o que determina o calendário convencional, da era cristã ocidental, e minha percepção do tempo fosse intrinsecamente singular, não faria sentido algum esta proposta de fazer uma retrospectiva do que calhou na ‘Depois do Play’, em 2021.

Pois bem, desde abril deste ano que se finda, com a resenha intitulada Partilhar e Receber, sobre o álbum ‘BruMa: Celebrating Milton Nascimento’, lançado pelo mestre Antonio Adolfo, teve início a nossa lida quinzenal nesse espaço gentilmente cedido pelo jornal O DIA. Desde então, por aqui já passaram 17 trabalhos resenhados, entre álbuns físicos, EPs e lançamentos apenas nas plataformas digitais.

Sustança Sururu

Segmentando-os em fictícias prateleiras, foram 8 álbuns de artistas nacionais/internacionais e 9 lançamentos de artistas do aquário. Em todos, tive o privilégio de fazer audições interessantíssimas, que ratificaram o quanto é prazeroso fruir e escrever, com absoluto respeito e admiração, sobre obras que traduzem verdades, sentimentos e toda musicalidade e talento dos seus respectivos autores. Assim, tivemos Celso Viáfora, com os maravilhosos álbuns ‘A Vida É’ e ‘Cantando Em Bando’.

O mestre Antonio Adolfo, com dois geniais lançamentos esse ano: ‘BruMa: Celebrating Milton Nascimento’ e ‘Jobim Forever’. O paulista Adolar Marin, que nos apresentou o interessante álbum ‘Outros Caminhos’, e a querida Camilla Inês, que lançou no streaming o seu sensível álbum ‘Gotas de Oceano’. Tivemos, também, álbuns de dois artistas brasileiros radicados em outros países: Fred Martins, com o belíssimo ‘Ultramarino’; e o grande batera, radicado em Nova York, Vanderlei Pereira, com o elogiadíssimo ‘Vision For Rhythm’.

Porém, como eu sempre digo, a fonte de sustança sururu não seca e tivemos ótimos lançamentos de artistas locais! Alguns deles, impulsionados pelos recursos da Lei Aldir Blanc, presentearam ao público atento à boa música produzida no aquário, com trabalhos bem elaborados, interessantes e significativos. Aliás, permita-me abrir um pequeno parêntese, para tecer um rápido comentário sobre a Lei Aldir Blanc. Mesmo que num momento tão polarizado do país, notadamente na área cultural, aconteceu um inédito esforço conjunto, para a aprovação da Lei Aldir Blanc.

Não obstante, tenha sido um projeto de autoria da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), em parceria com outros 23 parlamentares, incluindo a relatora Jandira Feghali (PCdoB). Nunca será demais ressaltar que a verba sempre pertenceu à Cultura e estava parada no FNC (Fundo Nacional de Cultura). Sua utilização, portanto, não tirou recursos de outras áreas, cabendo aos artistas brasileiros a utilização do que lhes é de direito!

Dignidade Humana

Andrey Vieira (álbum ‘Fortuna’), Eduardo Proffa e os Zélementos (álbum ‘Cinco Ponto Cinco’), Fernando Marcelo (álbum ‘Fantasias’), Basílio Seh ( Streaming Coleção ‘Janelas’), Felix Baigon (álbum ‘MaDRUGADA’), Edmilson Mendes (álbum ‘Janela Para o Mundo’), Mel Nascimento (pen card ‘Força de Mulher’), Banda Artehfato (álbum ‘Ato Vero’) e Suzi Mariana (EP ‘Pagando o Preço’), foram os trabalhos de artistas alagoanos resenhados para a Depois do Play. Chegaram por interesse dos próprios artistas, produtores e divulgadores, sendo muitíssimo bem-recebidos e apreciados, com respeito, carinho e atenção.

O ano também foi profícuo, sobretudo no aquário, para outros artistas que lançaram seus trabalhos. Não tive a honra de recebê-los e resenhá-los, mas gostaria de ressaltar que entendo ser absolutamente normal e compreensível, não haver o interesse destes, em ter seus álbuns e EPs resenhados para o jornal O DIA, tampouco, em fazer parte da playlist da Educativa FM.

Na verdade, quero mesmo é desejar a todos os artistas e músicos, que acreditaram e prestigiaram o nosso trabalho aqui no O DIA, e a todos os demais, um Ano Novo transbordante de criações e inovações musicais, onde os espíritos da transformação e da mudança estejam presentes na mente e no coração de cada um de nós! Que possamos, por meio do talento, criatividade e alegria, fortalecer e propiciar novos ares políticos e sociais ao nosso país, para que as Artes, a Cultura e a dignidade humana possam respirar livremente outra vez! Sendo assim, que venha 2022, com muito mais MÚSICABOAEMSUAVIDA!

Nota desimportante, aos nossos 14 leitores: em janeiro, vocês terão merecidas férias de mim!

No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!!!???

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