9 de fevereiro de 2022 7:30 por Da Redação
A indicação do nome do deputado estadual Paulo Dantas (MDB/AL) para ser o governador-tampão, caso Renan Filho (MDB/AL) decida deixar o cargo para disputar a eleição de outubro, tem sido criticada nos bastidores políticos por não apresentar crescimento satisfatório. Seus apoiadores avaliam que o nome do parlamentar “não ganhou corpo” suficiente para atrair apoios, e está se esvaziando.
Nem mesmo o governador Renan Filho declarou apoio à sua indicação, e as especulações no sentido de que seria o nome da preferência dos Calheiros (pai, senador Renan, e filho, governador) seguem tendência de esfriamento.
Para os aliados, a falta de empolgação se deve ao temperamento fechado de Paulo Dantas, que vai de encontro à nova realidade das campanhas. Estas, alertam os marqueteiros políticos, exigem dos candidatos cada vez mais a disposição de um animador de auditório.
O candidato precisa saber fazer uso eficiente das redes sociais, produzindo conteúdo diariamente para ganhar curtidas e compartilhamentos.
Curso de oratória e a contratação de especialistas em redes sociais estão entre as prioridades de quem deseja disputar cargo eletivo, especialmente se for majoritário. Afinal, como já prenunciava Abelardo Barbosa, o popular Chacrinha, ícone da TV brasileira, “quem não se comunica se trumbica”.
Essa não parece ser a praia do deputado emedebista. Nem mesmo a vantagem de ser pouco conhecido do eleitorado, ou seja, não é um nome desgastado com escândalos, está sendo aproveitada pelo parlamentar.
Como sua candidatura a governador-tampão, e mais ainda a pretensão de disputar o cargo em outubro, é uma obra coletiva, Paulo Dantas depende do apoio de parcela significativa dos deputados estaduais e do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Vitor, para vencer o desafio de ser o nome da vez na política alagoana.
Uma dependência excessiva, resultado de seu estilo intramuros.
Se quiser ser de fato o governador-tampão, Paulo Dantas precisa conseguir um acordo coletivo, unindo em torno de seu nome as cabeças coroadas da política estadual. Ao que parece, até agora seu esforço não empolgou os aliados.