domingo 22 de dezembro de 2024

O lado sombrio do maior goleiro do futebol brasileiro

Gylmar dos Santos Neves tinha ligações estreitas com a ditadura militar, segundo integrante da Comissão da Verdade de São Paulo
Gylmar em campo pelo Corinthians

O blog do jornalista Juca Kfouri revelou, nessa semana, o lado obscuro da vida de uma dos maiores ídolos do futebol brasileiro. Gylmar dos Santos Neves, goleiro bicampeão pela Seleção Brasileira, em 1958/62, pelo Santos, em 1962/63, e campeão mundial do 4º Centenário pelo Corinthians, circulava pela delegacia onde se torturava e matava presos pela ditadura militar.

Gylmar, no caso, foi o goleiro bicampeão pela Seleção Brasileira, em 1958/62, pelo Santos, em 1962/63, e campeão mundial do 4º Centenário pelo Corinthians, que o revelou. Morto em 2013, aos 83 anos, Gylmar até hoje é considerado o melhor goleiro brasileiro, tendo se tornado ídolo do Santos e do Corinthians.

“Nada que se compare a ter servido ao regime que matou 473 opositores sob proteção do Estado”, lembra Kfouri.

O relato é de Adriano Diogo, 72 anos, que passou 90 dias preso na Operação Bandeirante (OBAN), e foi barbaramente torturado, em 1973:

“Ao ficar no mesmo lugar você cria proximidade com os carcereiros e o Gylmar nos corredores muitas vezes”.

Após a redemocratização, Adriano elegeu-se vereador e deputado estadual pelo PT e presidiu a Comissão da Verdade de São Paulo.

Gylmar morreu em 2013 | Alex Almerida/Folhapress

Ele fez alguma descobertas estranhas sobre as visitas do goleiro ao local. “Ele (Gylmar) também vai a documentação militar de carros apreendidos em captura de carros apreendidos pela OBAN e vendia da GM, Opalas e Chevettes, para delegados sem cobrança de impostos, por meio de autorização especial solicitada por ele no governo federal.”

O DOI-CODI foi o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna, órgão do Exército, de inteligência e pressão nos tempos da ditadura. Nasceu em São Paulo, da chamada Operação Bandeirante, a OBAN, que prendia, torturava e muitas vezes matava os opositores do governo militar nas dependências de sua delegacia na rua Tutóia, em Moema.

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