sexta-feira 22 de setembro de 2023

Uma usina de sonhos e uma fábrica de cores, assim é Tito, um companheiro de horas fugidias

26 de abril de 2022 3:05 por Edson Bezerra

Foto: Reprodução

Quando um dia, apaixonado pelas cores e telas , refleti sobre as possibilidades de escrever algo sobre o que vi e que não podia esquecer nas telas de Tito, é que eu, um apaixonado pelas cores das águas, barros e lamas dos universos lacustres das Alagoas, estava ali, a me deparar com cores, traços e imagens e que, no somatório delas, eu sentia ali a presença de um mundo despedaçado, todavia recomposto, ora em sonhos de danças, de presenças de meninos por entre figuras de homens sombrios, mas que todos, estavam ali, transfigurados em rostos diluídos.

Diante então dos fragmentos que todos nós somos do que se impões ser moderno, estávamos ali recompostos. Pois, do que muito se diz ou entende por modernidade, que nela, os mundos e as memórias dos diferentes mundos se reduplicam e se multiplicam e, é neste contexto que as reminiscências enquanto reduto guardam as memórias de um tempo perdido.

Foto: Reprodução

Talvez, – sim talvez pois as palavras diante do belo são poucas – isto explique a explosão nas imagens de Tito de diferentes mundos, pois, o que está ali, não cabe num só e que, sobretudo através do que nelas se impõe, podemos arriscar estarem por ali propulsando em suas imagens, as suas origens nos agrestados de Palmeira dos Índios, as suas vivências de maloqueiro no Poço, as suas lembranças dos circos, feiras, dos negros da Unidos do Poço enfim, pois, se o homem é um eterno estar aqui hoje no lá das memórias que atravessam o tempo, talvez quem sabe, também o sopro das maresias lá das bandas de Garça Torta sejam também elas um alimento para que Tito se transfigure fragmentado através de suas curvas, de seus círculos e de suas cores que se condensam, se contorcem em dobras em imagens abstratas que vazam.

Mas, é impossível falar de Tito sem pensar na solidão que todos temos e que estarem ali expostas . No fundo a inevitável solidão a que a toda a modernidade nos condena, mas que ali, toda ela se transfigura em uma escrita de quem está no mundo a captar as alegrias transfiguradas por dentre estilos que se multiplicar aquém ou para além de qualquer enquadramento, pois tanto a solidão ali exposta, a despedaçamento e a composição de suas imagens são também os fragmentos de que somos, com a diferença de que, em seu mergulho de escafandro, o que está ali, se transfigura em cores e traços de um estar aqui despedaçado, e, dali de onde ele está, Tito ele pinta o mundo, e, suas telas são retalhos de fragmentos de todos nós, fragmentados que, para sempre estamos no que imagine e pense sobre estar e ser moderno, e, o que se pode pensar é que Tito foi jogado ali, nos entranhados da Garça Torta para alcançar o mundo.

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