10 de junho de 2022 1:21 por Da Redação

Em apenas cinco meses, Alagoas registrou quatorze assassinatos e 16 crimes contra o patrimônio envolvendo vítimas com idade igual ou superior a 60 anos. O alerta foi feito pela Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), às vésperas do Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho.
Os números são preocupantes, uma vez que, no ano passado, trinta e um idosos foram assassinados no estado, de acordo com levantamento da OAB/AL. Os dados mostram que os homens lideram as estatísticas e são as principais vítimas. Os crimes ocorreram em Maceió e no interior do estado, em cidades como Arapiraca, Rio Largo, Piaçabuçu, Mata Grande e São Sebastião.
O presidente da Comissão Especial do Idoso da OAB/AL, Giberto Irineu, e lembra a necessidade de que a sociedade esteja vigilante e denuncie possíveis casos. “Os crimes mais comuns que chegam à OAB são os crimes contra o patrimônio, nos quais normalmente familiares retém os recursos dos idosos, comprometendo a qualidade de vida da vítima. Outro crime que é recorrente é o cárcere privado, no qual as vítimas acabam aprisionadas”, ressaltou.
A comissão da OAB/AL que ele preside tem atuado em articulação com outros órgãos públicos para garantir a proteção ao idoso. “Dependendo do crime, a gente aciona a Polícia Civil ou o Ministério Público. Depois remetemos à Justiça. Se for um caso de saúde pública, a gente faz articulação com órgãos que garantam assistência imediata à pessoa idosa”, afirmou.
Gilberto Irineu acrescenta que é considerada violência contra a pessoa idosa qualquer tipo de violação de direitos contra a pessoa, bem como a recusa ou omissão de cuidados. Segundo ele, os autores mais frequentes de crimes contra idosos são familiares, responsáveis, cuidadores e até mesmo instituições de cuidado.