15 de junho de 2022 9:53 por Da Redação
Moradores dos bairros atingidos pela mineração da Braskem estão revoltados com uma resolução do Ministério Público Federal (MPF) a respeito da desocupação das áreas de risco. O documento, publicado na primeira semana de junho, traz elementos adicionais quanto à (re)adequação no valor das propostas de indenização apresentadas aos afetados no âmbito do Programa de Compensação Financeira (PCF).
De acordo com reportagem do Extra Alagoas, o ato determina que, nos casos em que a vítima da Braskem apresentar uma avaliação particular do imóvel e houver divergência superior a 20% entre esta e o valor constante na proposta da Braskem, ela poderá solicitar parecer técnico a ser elaborado por uma das empresas contratadas.
Para o empresário Alexandre Sampaio, representante de movimentos de moradores e de empresários das áreas atingidas, a resolução do MPF, que teve a participação da Defensoria Pública da União (DPU), do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) e da Defensoria Pública do Estado (DPE), vem de modo tardio, comprometida e viciada.
“Tardio porque já se passaram dois anos e meio e onze mil imóveis já foram indenizados, a maioria de famílias reclamando de valores irrisórios. E viciada porque quem vai contratar a empresa independente é a Braskem”, destacou.