25 de julho de 2022 2:14 por Da Redação
A advogada Maria Valéria da Silva abriu boletim de ocorrência contra uma guarnição da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) por agressões físicas e verbais contra ela e sua cunhada. Inclusive, um dos PMs a teria hostilizado por estar usando uma camisa com estampa alusiva ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República. Toda a ação teria sido captada por câmeras de segurança.
O fato ocorreu nesse domingo (24), por volta das 18h, no conjunto Cleto Marques Luz. Valéria conta que o irmão dela teve uma discussão com a namorada e, dez minutos depois de a questão ter sido resolvida, a viatura chegou ao local. Os PMs foram acionados pelo irmão da mulher identificada apenas como Lidiane.
A ideia era que os militares convencessem Lidiane a ir para casa, mas, a confusão acabou ficando pior devido à agressividade dos policiais da Rocam 4. De acordo com a denúncia, durante a conversa entre Valéria, Lidiane e o irmão dela, o policial identificado como sargento Clemente foi extremamente grosseiro com Lidiane, tendo o endosso dos colegas de guarnição.
Depois que a garota se identificou a situação evoluiu para a violência. “O sargento Clemente, acompanhado de mais três policiais, arrancaram (sic) Lidiane à força da calçada onde a mesma estava sentada e a encostaram no muro do outro lado da rua, e começaram a agredi-la verbalmente com palavras de baixo calão e fisicamente desferindo tapas no rosto e puxando os cabelos”, relata Valéria no boletim.
Ela acrescenta que, ao se identificar como advogada e ter pedido para que as agressões cessassem, recebeu dois empurrões. A advogada relata que, então, começou a filmar as agressões, mas, teve o celular tomado e foi obrigada a desbloqueá-lo para que os policiais apagassem o arquivo de vídeo. Segundo Valéria, para tomar o celular da mão dela os policiais a seguraram pelo braço e pelo pescoço por cerca de cinco minutos.
Ela ainda foi hostilizada por estar vestida com a camisa do pré-candidato à presidência Lula. Os registros dão conta ainda de que, como forma de amedrontar, os PMs tiraram fotos da fachada da casa do irmão de Valéria e, cerca de 40 minutos após a confusão, pararam a viatura na esquina.
Valéria registrou o BO na Central de Flagrantes nesse domingo, 24. Depois, foi ao Instituto Médico Legal (IML) para realização de Exame de Corpo de Delito-Lesão. Após as agressões, ela ficou com escoriações no braço direito e nas costas. Ela vai procurar as autoridades competentes para dar continuidade ao processo.