29 de julho de 2022 3:14 por Redação
Seria difícil começar uma história de outra forma que não fosse essa. Era uma vez, num canto desta cidade, um menino chamado Wigo que nasceu aos treze de setembro, filho guardado de coração de Wilton e Grinauria -a Dinha, conhecida por todos, que por força da criação já dava seus ponta pés defronte de casa… Fazia parte de uma família que tinham gosto pelo futebol. Wigo, com W, difícil de encontrar e estranho ao se falar, frequentava os grandes clubes da época e sempre participava como mascote nos jogos locais e a bola até então era o seu troféu, assim como seu uniforme limpo e bem passado, que fazia questão de exibir.
De família numerosa, num momento de sua vida foi morar com sua irmã mais velha para ser melhor educado e preparado para a vida, e lá se foi o menino para as bandas da Pajuçara, mas não passou muito tempo, indo morar no Eustáquio Gomes e tudo começou…
Esqueceu a bola, o corre-corre de rua, as travessuras de menino “solto”, lá se foi a infância que costumava ter no seu” Bolão”, recorda triste. De poucos amigos, ou quase nenhum, trancado, mas vez por outra fazias suas enroladas e as escondidas ia brincar no campinho defronte da casa da irmã. E foi lá que conheceu seu 19 novo amigo, o Altamir. Era um garoto sabido que fazia movimentos diferentes e Wigo nem imaginava que futuramente o levaria para a vida da Capoeira.
A história mostra um pouco da vida de um menino frágil, ansioso e futurista que queria ser jogador de futebol, que sonhava acordado em pisar na grama fofa dos campos por ai a fora, mas que foi desviado pela força do destino, sina ou sei lá o que…
E muita coisa mudou…
Começou a assistir filmes de luta, quando o cansaço dos afazeres diários deixava…imitava golpes e gestos de seus heróis preferidos e não demorou a receber convite de seu amigo Altamir para frequentar a academia que ficava na Associação de Moradores do Bairro, mas chegando lá não gostou e logo pensou: Essa luta não é igual a que assisto na tv, nos filmes, sacudiu a cabeça meio que desajeitado e foi embora. Mas, mesmo assim aquilo ficou em sua “cabecinha” de ser pequenino. Dias depois em suas andanças pelo conjunto encontrou novamente com Altamir praticando a tal luta…chegou perto e ai o professor numa jogada de mestre perguntou: porque não vem praticar capoeira? Arregalou os olhos e falou espontaneamente, quero sim. E a partir dai descobriu um novo caminho. Já na segunda feir seguinte já preparado esperava Altamir e juntos caminharam ao encontro da capoeira, mas pareceu que não seria naquele dia que colocaria em pratica seus dons… a Associação estava no escuro, um breu só, mas chegando perto reconheceu o seu professor, o Tatu. Não havia energia e nem lâmpadas, e mais uma vez o Tatu proporcionou o impossível, colocou seu carro na frente da associação e com seus faros deu literalmente luz. Foi inesquecível. E foi assim q começou a vida de capoeira em sua vida. E a história continua até hoje… e mais histórias vem por ai.