16 de agosto de 2022 9:45 por Redação
Por Redação Hypeness
Na semana passada, a Nike anunciou as novas camisas da Seleção Brasileira que serão utilizadas durante a Copa do Mundo deste ano, programada para novembro no Catar.
Contudo, uma decisão polêmica da empresa proíbe diversas personalizações da camisa. Ou seja, quem comprar o manto oficial e optar por colocar algum nome na parte de trás do fardamento terá algumas limitações.
Acusação de racismo religioso
Entre os termos proibidos, estão ‘Bolsonaro’, ‘Lula’, ‘Mito’, ‘Comunista’, que se referem justamente às questões políticas do Brasil em 2022. Contudo, a polêmica está por trás de uma acusação de racismo religioso.
No site da empresa, nomes como ‘Ogum’ e ‘Exú’, de religiões de matriz africana, estão proibidos. Porém, personalizações como o nome de ‘Jesus’ ou de ‘Cristo’ foram liberadas pela fabricante de materiais esportivos.
Durante o podcast ‘Com Todo Respeito’, os participantes do programa tentaram realizar diversas personalizações, mas descobriram que termos de religiões de matriz africana foram bloqueados pela empresa, assim como ‘Maomé’ – um nome extremamente comum, mas ligado ao Islã.
Confira o vídeo:
Oi @Nike td bom?
Parece q vcs proibiram as pessoas de personalizarem as camisas da seleção com “Exú” e “Ogum”, mas liberaram “Jesus” e “Cristo”.
Isso foi algum erro de sistema ou um caso escandaloso de preconceito com religiões de matriz africana?pic.twitter.com/3WX8O4JDRh
— Felipe Neto ? (@felipeneto) August 15, 2022
Em nota, a Nike afirmou que “não permite customizações com palavras que possam conter qualquer cunho religioso, político, racista ou mesmo palavrões.” A empresa alega que o sistema de personalizações segue sendo atualizado.
A camisa oficial da Seleção Brasileira que será utilizada durante a Copa do Mundo custa R$ 349 e também recebeu críticas por seu preço alto e fora dos padrões da população que vive no Brasil.