8 de setembro de 2022 12:01 por Da Redação
O Focuarte inicia nesta quinta-feira (8) a 3ª etapa da campanha em defesa da salvaguarda do Auto dos Guerreiros com a coleta de assinaturas on-line. Desde fevereiro deste ano, o Fórum já coletou mais de 500 assinaturas em atividades presenciais, sensibilizando a comunidade cultural e convidando o povo alagoano para mobilização do pedido de registro junto à superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Alagoas.
O Auto, que é genuinamente alagoano, recebeu do Governo de Alagoas em 2019 o título de Patrimônio Imaterial graças aos esforços da professora e pesquisadora Josefina Maria Medeiros de Novaes que fez a solicitação em 2016. Agora com a unidade das manifestações culturais pelo Focuarte, seus agentes lutam pelo registro no âmbito nacional, acreditando que isso consolida de forma decisiva a proteção dos atuais grupos e o fomento de novos em território brasileiro.
Atualmente, 15 grupos estão ativos em Alagoas e a sua maioria vem sendo acompanhada pelo Fórum que ajuda na contratação de apresentações e na declaração dos mestres em Patrimônio Vivo Municipal através do PL que está sendo implantado nos municípios com o esforço do Focuarte. Além destes, cinco grupos estão em atividade no Juazeiro do Norte-CE e outros nos estados vizinhos de Pernambuco e em Sergipe.
Para assinar e participar da campanha basta clicar neste link.
Saiba Mais
O Guerreiro é um grupo de dançadores e cantadores semelhante ao reisado, mas com maior número de figurantes e episódios, maior riqueza nos trajes e enfeites e maior beleza nas músicas. É um folguedo natalino surgido em Alagoas entre os anos de 1927 e 1929, sendo o resultado da fusão de reisados alagoanos, da chegança, dos pastoris e do auto das caboclinhas.
Rico em cores e enredo, é o folguedo mais frequente nas festas populares, possuindo vários personagens como rei, rainha, mestre, contra-mestre, dois embaixadores, general, lira, índio Peri e seus vassalos, dois mateus, dois palhaços, às vezes uma catirina, a sereia, a estrela de ouro, a estrela brilhante, a estrela republicana, a banda da lua e as figuras ou “figural”.
Os trajes são multicoloridos, imitação dos antigos trajes nobres, adaptados ao gosto e às possibilidades econômicas. Usam fitas, espelhos, contas de aljôfar, enfeites de árvore de natal nos chapéus, que aparecem em forma de igrejas, palácios e catedrais, diademas, coroas, guarda-peitos, calções e mantos.
Fonte: Focuarte