19 de dezembro de 2022 5:29 por Da Redação
Faltam apenas dez dias para as eleições de 2 de outubro e os candidatos a governador de Alagoas terão, em breve, um dos últimos embates antes da votação do primeiro turno: o debate na TV Pajuçara, que acontece neste sábado, 24.
Nem todos os seis candidatos – Paulo Dantas (MDB), Rodrigo Cunha (UB), Fernando Collor (PTB), Rui Palmeira (PSD), Cícero Albuquerque (Psol) e Luciano Almeida (PRTB) – confirmaram presença.
Todos eles, em tese, entram em iguais condições, porém, os candidatos mais bem posicionados nas pesquisas tendem a se preservar, pois, esperam os naturais ataques dos adversários. É preciso também avaliar se vale a pena participar, sob pena de sofrer um revés que gere desgaste desnecessário.
O formato dos debates não possibilita que os candidatos exponham os seus planos de governo. O tempo é exíguo e quem melhor se preparar para atacar pode criar as melhores situações a serem exploradas nas redes sociais e nos programas gratuitos de rádio e televisão.
Durante o último debate realizado na TV Mar, empresa do candidato Fernando Collor, os candidatos Paulo Dantas e Rodrigo Cunha não compareceram. Dantas justificou a ausência com compromisso agendado num dos bairros da capital. Rodrigo Cunha só enviou uma justificativa à TV no final do debate.
É uma espécie de MMA eleitoral e, a cada pleito, é criada expectativa de que no debate poderá definir a eleição. A realidade dos fatos andou, muitas vezes, no sentido oposto.
A tendência ou a opção tática dos estrategistas das campanhas de Paulo Dantas e Rodrigo Cunha é de não liberá-los para esse debate. É uma possibilidade, apenas.
Fernando Collor, arquirrival de Cunha, precisa de debates de qualquer modo para tentar crescer eleitoralmente. No desespero, Elle precisa desferir golpes como se estivesse lutando num rinque onde poderá apelar para o jab ou um cruzado, um dos cinco golpes do boxe. Lembrete: Collor, na juventude, lutou caratê.
Rui Palmeira e Cícero Albuquerque necessitam participar dos debates e foram a todos. Ambos, por motivos diferentes, têm nos debates a possibilidade de crescer eleitoralmente e, no caso de Rui, tentar superar os seus concorrentes (Collor e Cunha) que, na última pesquisa do Ipec estão à frente, empatados com 20% das intenções de voto cada um.
Cícero Albuquerque dispõe de poucos segundos no horário eleitoral, tem a chance de se apresentar e dissertar sobre a sua candidatura e também desferir, como lutador de boxe, alguns golpes nos seus adversários. A sua participação num debate, seja onde for, é sempre positiva.
É necessário calibrar o alvo e desferir golpes acima da linha da cintura para colocar o seu oponente nas cordas, como na luta de boxe.