segunda-feira 20 de maio de 2024

Reitor da Ufal critica corte de verbas da Educação e vê ano letivo de 2023 ameaçado

Bolsonaro cortou R$ 2,4 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC) somente este ano, enquanto as verbas para o orçamento secreto só crescem

19 de dezembro de 2022 5:29 por Da Redação

O reitor da Ufal, Josealdo Tonholo | Divulgação

Após os cortes promovidos pelo governo Bolsonaro (PL), a situação das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia tornou-se desesperadora, alertou o reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), professor Josealdo Tonholo. Foram bloqueados R$ 2,4 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC) somente este ano, enquanto as verbas para o orçamento secreto só crescem.

Esse valor representa 11,4% da dotação atual de despesas discricionárias do MEC – recursos que os reitores têm liberdade para movimentar conforme as necessidades, como pagamento de contas, de serviços –, que excluem o pagamento de salários dos professores.

Nas universidades federais, os cortes do meio do ano e o de agora perfazem uma perda de R$ 763 milhões com relação ao que havia sido aprovado no orçamento deste ano. Com esse bloqueio, os institutos da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica acumulam uma perda de R$ 300 milhões. Foram congelados R$ 147 milhões agora e o restante havia sido cortado em junho.

Classificando a situação como “gravíssima”, Tonholo vê a continuidade das atividades da Ufal ameaçada com estes cortes. “Esse ano, a Universidade vai continuar funcionando com toda a sua energia, a gente vai conseguir acabar esse semestre letivo, mas, para o ano que vem, eu não sei nem se a gente consegue começar o ano, porque as contas vão estar em aberto e eu não sei quais fornecedores vão sobreviver a esse calote coletivo que o governo federal está nos obrigando a fazer”, disse ele.

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Paulão se destaca na defesa do ensino público e gratuito

O discurso elaborado pelos liberais e neoliberais contra o Estado e assimilado pela mídia brasileira cresceu nos últimos anos. O governo Bolsonaro foi quem mais investiu contra as políticas públicas, desde a posse, repetindo a ideia da “ineficiência” do Estado.

O deputado Federal Paulão | Gustavo Bezerra

O ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, é um radical que vem operando a liquidação do Estado vendendo empresas estatais. Vinculado às universidades privadas, tem como meta estrangular as universidades públicas federais e os institutos federais de educação.

A Ufal tem sido vítima da atrocidade praticada por Bolsonaro e Guedes. A bancada federal alagoana tem apenas um, dos nove deputados, na defesa do ensino superior gratuito: Paulão (PT), que tem alocado recursos através de emenda parlamentar individual.

O cerco sobre a educação e a ciência e tecnologia é uma das maneiras que o governo Bolsonaro encontrou para paralisar o ensino superior público brasileiro. Antes desse corte de R$ 4,8 milhões no orçamento, a Ufal já estava com dificuldades para fechar o ano cumprindo todos os compromissos, como pagamentos dos contratos, alimentação para os alunos e as despesas com a manutenção da instituição.

A reeleição do deputado Paulão (PT) é a certeza de que a Ufal, Ifal, Uneal, Uncisal e a educação pública como um todo contará com um parlamentar comprometido e que tem defendido a educação em Alagoas.

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