19 de dezembro de 2022 4:41 por Da Redação
Em apoio ao senador Rodrigo Cunha (UB), o presidente da Câmara Federal, deputado reeleito Arthur Lira (PP) reforçou o pedido de tropas federais em Alagoas, para o segundo turno da eleição. Em entrevista nesta segunda-feira, 24, no Ritz Hotel, no bairro de Cruz das Almas, o senador, candidato de Lira ao governo, anunciou que sua coligação vai encaminhar à Justiça Eleitoral o pedido para que tropas do Exército Brasileiro façam a segurança da eleição do próximo domingo, 30, nos 102 municípios do estado.
Presente à entrevista em que Rodrigo Cunha anunciou essa iniciativa, Arthur Lira fez acusações a um oficial da Polícia Militar de Alagoas, identificado como o Major Ibson, a quem chamou de capacho do presidente da Assembleia Legislativa Estadual, deputado Marcelo Victor, como justificativa para a solicitação das tropas federais.
“Imaginem que, como candidato e presidente da Câmara, eu fui ameaçado em Matriz do Camaragibe. Os fatos são claros: um major da PM em Alagoas foi flagrado com malas de dinheiro, aqui, neste hotel. Ele puxou uma arma para policiais federais, estando ao lado do presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas. Além disso, temos um comandante da polícia que é capacho de quem foi flagrado com malas de dinheiro para comprar voto”, afirmou Arthur Lira.
Na crítica, o deputado não citou o nome do comandante a quem se referia.
Para ele, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa dar atenção as eleições em Alagoas. “Algo grave pode acontecer. Não vamos permitir. Vou, mais uma vez, pedir tropas federais em AL neste segundo turno”, escreveu.
Lira fez esse mesmo pedido para eleição no 1º turno, mas a solicitação foi indeferida pelo TSE. Na decisão, o ministro Alexandre Morais explicou que o envio de tropas federais é medida excepcional e que só deve acontecer quando o Chefe do Poder Executivo admite insuficiência das forças estaduais.
Em resposta ao TSE, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP/AL) garantiu que consegue prover o reforço policial com o seu efetivo, desde a guarda das urnas até o término das apurações. O ministro então descartou a necessidade de intervenção do Exército Brasileiro.