sábado 27 de julho de 2024

Primeira Sessão da IV Mostra Quilombo de cinema acontece neste sábado (12)

Evento foi adiado em virtude das fortes chuvas que caíram em Maceió

11 de novembro de 2022 12:46 por Da Redação

A IV Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena promove neste sábado (12) a sua primeira sessão aberta ao público. A atividade será realizada às 17h, na Novo Jardim: Livraria e Café, no bairro Cidade Universitária, em Maceió. Na ocasião, serão exibidos gratuitamente seis curtas-metragens que integram a programação da Mostra, seguidos de uma mesa redonda sobre Cinema e Raízes Negras de Alagoas, com Hellen Cristina, Roseanne Monteiro e o prof. Dr. Aldemir Barros, que dirige o curta “Maninha Xukuru-Kariri”, uma das obras exibidas na atividade, em parceria com Celso Brandão.

O evento, que aconteceria na semana passada (5) precisou ser adiado em virtude das fortes chuvas que caíram de forma inesperada em Maceió. Promovida pelo Mirante cineclube, a Mostra Quilombo é pioneira em Alagoas e tem se fortalecido ano a ano, com a proposta de pensar o cinema como espaço de resistência, fortalecimento de pontes e celebração da diversidade, tendo como foco a contemplação de filmes realizados por pessoas negras e indígenas de todo o país.

Neste ano, serão promovidas sessões abertas durante o mês de novembro e dezembro. Outra novidade deste ano é a parceria com o Festival Aqualtune de Cinema e Afrofuturismo. A curadoria dos curtas-metragens a serem exibidos nesse festival foi feita entre as obras que integraram a programação de diversas edições da Mostra Quilombo, incluindo a deste ano. As exibições do Aqualtune ocorrem de 14 a 19 de novembro, no Centro Cultural Arte Pajuçara e na Serra da Barriga.

Reprodução

No dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a Mostra Quilombo leva mais seis curtas-metragens ao público do Centro Cultural Arte Pajuçara, a partir das 19h, novamente de forma gratuita, e conta ainda com performance “Ecoar”, de Ziel Karapotó, e performance literária com os artistas e escritores Richard Plácido, Erika Santos e Lucas Litrento, além de exposição de fotografias e artes visuais de artistas negros, negras e indígenas do Estado.

Após o evento, em parceria com o Festival Aqualtune, acontece a festa de encerramento no GiraMundo City Bar, no Jaraguá, com apresentações de Tequilla Bomb e DJ Eloh, também aberta ao público.

A Mostra Quilombo tem ainda uma atividade no dia 30 de novembro, na escola estadual Joaquim Diégues, em Viçosa-AL promovendo exibições e debates com os estudantes em sessões de 10h e às 14h. Está prevista ainda uma ação junto à Aldeia indígena Terra Nova, em São Sebastião-AL, onde membros do cineclube participarão de uma vivência com o povo Karapotó e promovem uma oficina de produção cinematográfica, tendo como foco o registro da própria comunidade. A ação, que aconteceria dia 06 de novembro, também foi adiada divido às chuvas e está sendo remarcada para dezembro, em parceria com um dos curadores da Mostra, o multiartista Ziel Karapotó. Além da oficina e da vivência, seis filmes serão apresentados às 19h, e, após a exibição, acontece uma conversa sobre as obras.

Estabelecer pontes e celebrar diversidade

Segundo Roseane Monteiro, integrante do Cineclube e uma das produtoras da Mostra Quilombo, assim como no ano passado, quando o evento passou a incorporar o cinema indígena, a proposta não é trabalhar uma temática, mas uma ideia: pensar Alagoas como espaço indígena e quilombola, discutindo a presença desses povos historicamente subjugados na construção da nossa identidade e sua representação no audiovisual. Dentro dessa concepção, trazer o quilombo como espaço plural e diverso é, portanto, estabelecer as pontes que permitem trabalhar identidade e unidade. Por isso mesmo, a mostra abre espaço para curtas-metragens de todo o país, realizados por pessoas negras e indígenas, a fim de estabelecer diálogos entre diferentes subjetividades.

Neste ano, o Mirante Cineclube recebeu 121 inscrições, tendo representantes de todas as regiões brasileiras. Ao final da curadoria, foram selecionados 12 filmes, e acrescentado um convidado: o curta alagoano “Maninha Xukuru-Kariri”, de Celso Brandão e Aldemir Barros. O filme destaca a força da personagem que o nomeia, uma guerreira do seu povo e que trouxe a pauta da mulher para os debates indígenas. Assim, o grupo de curadores entendeu que sua história em tela traz questões ricas para o debate, além de prestigiar a obra e celebrar a figura de Maninha, natural de Palmeira dos índios e falecida em 2006.

Apesar de a maioria dos filmes inscritos para participar da Mostra serem de realizadores negros, já há uma inserção de obras de pessoas indígenas, como é o caso de “Mby’á Nhendu: O Som do Espírito Guarani”, de Gerson Karaí Gomes, do Rio Grande do Sul; e “Cem Pilum – A História Do Dilúvio”, de Thiago Morais, do Amazonas. Ambos são falados nas línguas nativas de seus povos de origem. Além deles, a Mostra apresenta “Cá Estamos Nós”, do alagoano Marcelo Tingui, e “Paola”, dirigido pelo também alagoano Ziel Karapotó, em uma realização Alagoas/Pernambuco.

A IV Mostra Quilombo é uma realização do Mirante Cineclube, em parceria com o Centro Cultural Arte Pajuçara, Festival Aqualtune de Cinema e Afrofuturismo, Novo Jardim: Livraria e Café e GiraMundo City Bar, contando com o apoio financeiro da Lei Aldir Blanc.

SERVIÇO

IV Mostra Quilombo de Cinema Negro e Indígena

Exibições nos dias 12, 20 e 30 de novembro

Entrada Gratuita

PROGRAMAÇÃO

12/11 – SÁBADO – 17h – Sábado – Novo Jardim: Livraria e Café

Exibição dos filmes:

Cem Pilum – A História Do Dilúvio – Direção: Thiago Morais – 8 min – Brasil/Amazonas

Busca – Direção: Rodrigo Sousa & Sousa – 8 min – Panamá e Brasil/São Paulo

Dádiva – Direção: Evelyn Santos – 6 min – Brasil/São Paulo

Contragolpe – Direção: Victor Uchôa – 16 min – Brasil/Bahia

Maninha Xukuru-Kariri – Direção: Celso Brandão e Aldemir Barros – 24 Min – Brasil/Alagoas

Ímã de Geladeira – Direção: Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo – 19 min – Brasil/Sergipe

Mesa: Cinema e as raízes negras e indígenas de Alagoas
Prof. Dr. Aldemir Barros, Roseanne Monteiro e Hellen Cristina

20/11 – DOMINGO – Local: Centro Cultural Arte Pajuçara, 19h

Abertura: Performance “Ecoar”, de Ziel Karapotó, Performance literária com Richard Plácido, Érika Santos e Lucas Litrento e exposição de fotografias e artes visuais no Hall do Cinema (artistas convidados: Alicia Ferreira, Benita Rodrigues, Fabio Cassiano, Mari Marques, Roger Silva, Rayce de Melo e Ziel Karapotó)

Exibição de filmes:

Busca – Direção: Rodrigo Sousa & Sousa – 8 min – Panamá e Brasil/São Paulo

SOLMATALUA – Direção: Rodrigo Ribeiro-Andrade – 15 min – Brasil/Santa Catarina

Cá Estamos Nós – Direção: Marcelo Tingui – 5 min – Brasil/Alagoas

Mby’á Nhendu: O Som do Espírito Guarani – Direção: Gerson Karaí Gomes – 18 min – Brasil/Rio Grande do Sul

As Vezes Que Não Estou Lá – Direção: Dandara de Morais – 25 min – Brasil/Pernambuco

Paola – Direção: Ziel Karapotó – 16 min – Brasil/Alagoas e Pernambuco

Encerramento em conjunto com o Festival Aqualtune de Cinema e Afrofuturismo

21h – Festa Quilombra – Local: Giramundo City
Show: Tequilla Bomb e discotecagem da DJ Eloh

30/11 – QUARTA-FEIRA – Local: Escola Estadual Joaquim Diégues – Viçosa, 10h e 14h

Exibição de Filmes e debate com estudantes.

Cem Pilum – A História Do Dilúvio – Direção: Thiago Morais – 8 min – Brasil/Amazonas

Cá Estamos Nós – Direção: Marcelo Tingui – 5 min – Brasil/Alagoas

O ovo – Direção: Rayane Teles – 23 min – Brasil/Bahia

Paola – Direção: Ziel Karapotó – 16 min – Brasil/Alagoas e Pernambuco

Busca – Direção: Rodrigo Sousa & Sousa – 8 min – Panamá e Brasil/São Paulo

Geruzinho – Direção: Juliana Teixeira, Luli Morante, Rafael Amorim – 14 min – Brasil/Sergipe

DEZEMBRO (data a confirmar) – Local: Aldeia Terra Nova, São Sebastião

9h – Oficina de produção

19h – Exibição de filmes e debate

Cem Pilum – A História Do Dilúvio – Direção: Thiago Morais – 8 min – Brasil/Amazonas

Mby’á Nhendu: O Som do Espírito Guarani – Direção: Gerson Karaí Gomes – 18 min – Brasil/Rio Grande do Sul

Cá Estamos Nós – Direção: Marcelo Tingui – 5 min – Brasil/Alagoas

Maninha Xukuru-Kariri- Direção: Celso Brandão e Aldemir Barros – 24 Min – Brasil/Alagoas

Paola – Direção: Ziel Karapotó – 16 min – Brasil/Alagoas e Pernambuco

Fonte: Assessoria

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