19 de dezembro de 2022 4:35 por Geraldo de Majella
O papel das universidades públicas, entre outros, é formar pessoas dotadas de conhecimentos e capacidade para desenvolver o país. Esse é um princípio geral, básico. Essa missão é muito mais do que uma declaração formal, é um compromisso moral com a sociedade que a sustenta.
As universidades públicas têm uma função única que, nos últimos tempos, vem sendo torpedeada, que é a produção de conhecimento. E o mais importante: a disponibilização desse conhecimento como um bem social, econômico e intelectual para a sociedade.
A valorização do capital intelectual é essencial para o país não cair na vala comum do obscurantismo ou da mercantilização da Educação. Ambas as situações têm ocupado espaço descomunal no ambiente acadêmico brasileiro.
A Educação foi o teatro de guerra estabelecido pela extrema-direita no Brasil. Essa guerra não vai acabar com a posse do presidente Lula, nem haverá cessar-fogo. Não basta se contentar com a vitória nas urnas, a guerra ideológica contra a extrema-direita terá de ser permanente até a sua rendição ou redução a níveis residuais.
Em Alagoas, há quatro universidades públicas, Ufal e Ifal, federais; Uneal e Uncisal, estaduais. Os baixos indicadores da Educação deveriam constar na agenda de cada uma ou como ação conjunta.
Saber que a produção de conhecimento em Alagoas tem como origem essas instituições não basta. É necessário enfrentar as adversidades além dos muros e jardins.
Os quatro reitores, aqui nominados: Josealdo Tonholo (Ufal), Carlos Guedes de Lacerda (Ifal), Odilon Máximo de Morais (Uneal) e Henrique de Oliveira Costa (Uncisal) têm a obrigação ética, moral e política de constituírem um grupo de pesquisadores para pensar com objetividade e rapidez soluções para o quadro dantesco da Educação de Alagoas.
A autoridade acadêmica conferida aos quatro magníficos reitores é o passo necessário para romper com a inércia. Esse trabalho só pode ser realizado por instituições públicas como as quatro existentes em Alagoas. A massa crítica intelectual que constituem as universidades será a alavanca do desenvolvimento e pode, no médio e longo prazo, contribuir para que Alagoas rompa com a ignorância e caminhe em direção à luz que é o saber.
O papel a ser desempenhado pelas universidades públicas servirá como dique de contenção para que a educação pública não continue sendo corroída através de instituições privadas que estão subvertendo de maneira sub-reptícia a educação estadual e em alguns casos municipais.
Os reitores não esperem que sejam formalmente convidados para a mesa que discutirá o futuro de Alagoas. A ousadia é a melhor conselheira, combinem com a pressa que a questão requer formem grupos de trabalho em cada uma das instituições e apresentem ao governador Paulo Dantas.
A Educação de Alagoas é um paciente na sala de cirurgia, assim como a fome não pode esperar ad aeternum.
1 Comentário
Caro Geraldo! Desafio lançado e aceito ! Vamos mobilizar nossas energias! Alagoas tem mudado para melhor graças à Educação. Mas ainda há muito o que fazer!