19 de dezembro de 2022 4:29 por Redação
As lágrimas vertidas pelo futuro ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm alguns significados e não podem ser entendidas como recados à nação brasileira. Essas poucas lágrimas escorridas no rosto, em público, são o sinal evidente do desespero que vem lhe tomando por inteiro.
O tempo regulamentar está chegando ao fim e não haverá prorrogação. O Brasil iniciará 2023 com a posse de Lula da Silva (PT), estadista de origem operária, que governará pela terceira vez o país.
O mundo tem observado o movimento penoso de reconquista da democracia torpedeada nos últimos quatro anos e que, por pouco, não sucumbiu.
O fascismo bateu os pés na soleira da porta de entrada, ameaças à democracia fizeram parte do cotidiano em que as instituições da República estiveram sob a mira golpista de parte dos militares das Forças Armadas – muitos da reserva e alguns da ativa –, policiais de várias corporações, empresários urbanos e rurais, parlamentares, setores da mídia, agentes do mercado financeiro e religiosos, majoritariamente, neopentecostais que arrastaram parcela da população para o valhacouto golpista de extrema-direita.
A derrota nas urnas lavou a alma da pátria vilipendiada pelo fascismo que respirava dentro dos armários. E que, de repente, como um pestilento, passou a pulular no asfalto.
O risco que o Brasil correu de permanecer sob o comando de um grupo extremista exercitando o terror de Estado foi enorme. As forças democráticas não podem se dispersar, pois, a democracia no Brasil e no continente corre riscos permanentes.
As barracas serão desarmadas e os criminosos responderão pelos seus crimes, assim declarou Flávio Dino, futuro ministro da Justiça.
O Brasil que se espera em 2023 é um país que vai procurar reconciliar o que for possível e, se espera que a maioria dos brasileiros volte a conviver com a divergência, respeitosamente, como deve ser em toda democracia.
Dias melhores virão!