4 de julho de 2023 5:33 por Da Redação
Por Tereza Pereira
Em comemoração aos 120 anos do escritor alagoano, a Academia Alagoana de Letras, realiza nesta quarta-feira, 5 de julho, a Palestra: “Arthur Ramos o Intérprete do mundo” com Fernando Antônio Gomes. O evento acontece, às 9:30 horas, na Casa Jorge de Lima, localizada na Praça Sinimbu, Centro, Maceió.
O palestrante Fernando Antônio Gomes de Andrade médico com mestrado e doutorado em cirurgia plástica. Com especializações na área da Saúde Humana, cirurgia de tumores, oncologia cutânea, cirurgia reconstrutora e tratamento das queimadura e sequelas, é também historiador, escritor com livros publicados, e estudioso, principalmente, da questão do negro no Estado de Alagoas. Membro Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e Membro Correspondente do Instituto Histórico e Arqueológico de Pernambuco.
O escritor Arthur Ramos de Araújo Pereira foi um médico psiquiatra, psicólogo social, etnólogo, folclorista e antropólogo brasileiro. Um dos mais dedicados intelectuais de sua época, com importância no processo de institucionalização das Ciências Sociais no Brasil, considerado o pai da antropologia brasileira. Nascimento: 7 de julho de 1903, na cidade de Pilar, Alagoas. Falecimento: 31 de outubro de 1949, Paris, França. Formou-se na Faculdade de Medicina da Bahia (1921-1926). Filho de Manoel Ramos e Ana Maria Ramos de Araújo. Além dos estudos formais, Arthur Ramos tinha grande interesse por literatura e música, chegando a compor algumas valsas. Mas teve anos depois, com seu estudo na antropologia destacada contribuição para os estudos da cultura e religiões afro-brasileiras.
Tese de Medicina, intitulada Primitivo e loucura (1926), Arthur Ramos inspira-se nos clássicos estudos de Lévy-Brühl (filósofo, antropólogo e sociólogo francês), Freud e Jung. Em 1928, foi nomeado médico legista do Serviço Médico do Estado da Bahia, atual Instituto Nina Rodrigues. Ainda na Bahia, redigiu importantes obras para a Psicologia como Estudos de Psicanálise (1931); Freud, Adler e Jung (1933) e Psiquiatria e Psicanálise (1933).
Em 1934, muda-se para o Rio de Janeiro para assumir a direção da Seção Técnica de Ortofrenia e Higiene Mental do Departamento de Educação e Cultura do Distrito Federal. Nesta época, publica obras direcionadas à educação infantil: Educação e Psicanálise, com base principalmente na psicologia do desenvolvimento individual de Alfred Adler (1934); Família e escola (1934) e O desenho infantil e sua significação psicanalítica (1936).
Arthur Ramos o intérprete do mundo, celebração dos seus 120 anos
Arthur Ramos deixou mais de 400 títulos publicados, entre livros e artigos. Uma de suas obras mais conhecidas é “Introdução a Antropologia Brasileira”. Alcançou reconhecimento nacional e internacional, considerado o maior cientista social brasileiro.
Em 1940, Arthur Ramos, muda-se para os Estados Unidos e ministra curso sobre “Raças e culturas no Brasil”, na Lousiana State University.Retorna ao Brasil e conquista a Cadeira de Antropologia da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, atualmente conhecida como Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O cientista, escritor, médico, etnólogo, antropólogo Arthur Ramos resolve morar em Paris, em 1945, assumindo a direção do Departamento de Ciências Sociais da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura – UNESCO. Desenvolveu um importante trabalho pela paz mundial. Interrompido pela morte prematura, por infarto, em 31 de dezembro de 1949.