segunda-feira 29 de abril de 2024

O que diria Van Gogh?

Fui, desconfiado, porque achei que nada poderia superar a experiência de quando visitei o museu Van Gogh, em Amsterdam.

Um tanto desconfiado, fui à exposição Van Gogh Live 8K (foto), em um dos shoppings do aquário, que os organizadores denominaram de Exposição Imersiva, como se ao fruidor toda obra de arte não o fosse. Fui, desconfiado, porque achei que nada poderia superar a experiência de quando visitei o museu Van Gogh, em Amsterdam. Por fora, de arquitetura arrojada e modernista (foi inaugurado em 1972), por dentro, reúne a maior coleção de obras do artista e de alguns contemporâneos seus, todos impressionistas.

O fato é que a obra do holandês genial sempre será impressionante, seja lá de que maneira for apresentada. De fato, a exposição está muito bem-montada e é muitíssimo interessante, com exceção de dois fatos, que me chamaram atenção. Aliás, um deles foi bastante incômodo, para mim. Primeiro, as réplicas de alguns quadros de Van Gogh estão expostas sob vidros transparentes, nos quais estão escritos textos (foto 2). Dessa forma, nem a leitura dos textos é totalmente agradável e nem os detalhes das telas podem ser apreciados na íntegra. Do meu ponto de vista, acontece uma dualidade visual e cognitiva de interferência mútua.

Porém, a coisa mais constrangedora e nada a ver da exposição, foi o fato de, ao sairmos da sala mais lúdica e imersiva, onde as projeções em 8K e a música envolvente de Bach, Debussy, Pink Floyd, Ravel, bem como a narração harmoniosa da grande Fernanda Montenegro, ativarem a certeza de que valeu a pena estar ali, damos de cara com a tal cadeira do prefeito Jotaglacê, instalada onde fica a loja com produtos customizados. Portanto, ainda dentro do espaço da exposição, como um todo.

Imagino que pode ter sido até proposital, no sentido de provocar espanto e alguma reflexão, pelo choque inevitável, entre a genialidade de um Van Gogh e mediocridade oca e provinciana de um alcaide “instagramável”.

No +, MÚSICABOAEMSUAVIDA!!!!

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