17 de outubro de 2023 7:13 por Da Redação
Além dos sérios danos estruturais já identificados, moradores dos residenciais Vale do Amazonas, Vale do Rio São Francisco, Vale do Parnaíba e Vale do Tocantins, no bairro Rio Novo, em Maceió, voltaram ao Ministério Público Federal (MPF) para apresentar novas queixas. Em reunião na manhã desta terça-feira, 17, representantes daquelas comunidades relataram problemas de infiltração nos imóveis.
A umidade excessiva já atingiu a Escola João Feitosa, da rede municipal de Educação, cujo muro apresenta risco de desabamento. Segundo os moradores, o asfalto cedeu ou deformou na maioria das ruas, indicando colapso do solo.
No início da reunião, conduzida pela procuradora da República Niedja Kaspary, pelo promotor Max Martins, do Ministério Público Estadual, e pelo defensor federal Diego Alves, os moradores pediram informações sobre a atuação das instituições nos problemas detectados entre os meses de maio e junho do ano passado, que levaram inclusive à desocupação dos prédios que formam o residencial Vale do Amazonas.
Financiados pela Caixa Econômica Federal, através do programa Minha Casa Minha Vida, os imóveis no Rio Novo foram edificados pela Construtora Uchôa. Essa empresa foi acionada pelo MPF, MPE e Defensoria Pública da União (DPU) para resolver os problemas estruturais apresentados.
As instituições atuam conjuntamente em busca de ações efetivas – algumas emergenciais e outras definitivas – a serem adotadas pela Caixa Econômica Federal, pela construtora Uchôa e pela BRK Ambiental.
As instituições atuaram ainda no sentido de que os moradores que precisaram desocupar os prédios atingidos fossem encaminhados para outras unidades do programa Minha Casa Minha Vida.
Na reunião, os moradores foram informados que é preciso esperar a conclusão definitiva da perícia independente contratada pelas empresas, sob mediação da Caixa. Segundo o MPF já existe uma perícia complementar a respeito e quesitos iniciais e suplementares a serem respondidos pela perícia independente.
Enquanto isso, os moradores apresentaram novas demandas, entre elas:
Muitas unidades estão apresentando umidade excessiva no solo, como se houvesse algum vazamento que está infiltrando nos imóveis por baixo;
O asfalto cedeu ou deformou na maioria das ruas, indicando colapso do solo;
Pessoas com dificuldades de locomoção estão impossibilitadas de saírem de suas residências pela intransitabilidade das vias;
Em razão da dificuldade de transitar, caminhões e outros veículos estão transitando pelas calçadas, colocando em risco moradores, especialmente crianças e idosos;
Acúmulo de lixo e entulho, especialmente nas proximidades do prédio evacuado (Vale do Amazonas);
No Vale do Parnaíba estão aparecendo problemas no esgotamento sanitário;
No Vale do Rio São Francisco há vazamentos e a BRK Ambiental demora muito a fazer os reparos; e
Dificuldade no recebimento do seguro residencial contratado com a Caixa.
Sobre todas as novas demandas, as instituições informaram que serão adotadas as providências cabíveis.
Com Assessoria