“Sentirão nossos tambores, antes mesmo da chegada. Treme o chão, rasga o couro, nosso Rockbatucada”, é com esse clima que o Coletivo Rock Maracatu lança, a partir do dia 8 de dezembro, uma seleção de cinco músicas autorais nas plataformas digitais de streaming.
Já no dia 8 de dezembro o público terá acesso à primeira música, intitulada como “Do Pontal ao Jaraguá”, composta por Fernanda Guimarães. Escrita em 2022, a música embalou o retorno do bloco carnavalesco “Rasgando o Couro Rock Maracatu”, em 2023, que, na época, estava há dois anos sem desfilar por conta da pandemia da Covid-19.
“Se ainda parece futuro mergulhar no Carnaval, bota a alma pra salgar, prepare o batuque eu vou chegar…”, esse é apenas um trecho de uma música forte, que convida todos a “salgarem a vida” e retomarem o Carnaval depois de um período tão difícil de isolamento e luto mundial.
E não para por aí, além de trazer uma letra forte e uma harmonia de tirar o fôlego, a música também conta com um feat da cantora e batuqueira Dryka Dantas.
No dia 15 de dezembro, chegam às plataformas outras quatro músicas do grupo, são elas: Rockbatucada, Meu maracatu é arma, Batuque é delas e Maracatema.
A cantora Fernanda Guimarães, que está a frente do grupo desde sua criação em 2012, destaca a importância de enfatizar a cultura popular e abordar temas atuais nas composições das músicas: “Divulgar o maracatu como expressão cultural não apenas de Alagoas, mas de todo o povo nordestino, é uma das missões fundamentais deste projeto desde o início. Através de composições e músicas autorais que exploram esse estilo musical, incorporando batidas da cultura alagoana e o rock and rool, buscamos proporcionar uma experiência única para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ouvir. Além disso, as letras dessas canções trazem sempre temas atuais e levantam pautas importantes para a sociedade como um todo.”
Conheça as novas músicas
A canção Rockbatucada foi a primeira música autoral do grupo, composta por Fernanda Guimarães e Talita Quirino, ela conta sobre a fusão de ritmos entre o rock and rool e o maracatu.
Meu maracatu é arma, foi composta em 2018, também, por Fernanda Guimarães e Talita Quirino, em um período em que pautas sobre armamento, incitação a violência e intolerância estavam em alta no Brasil. Em sua letra a canção chama o público à reflexão ao falar sobre não desmorecer frente a maldade alheia e reforça que é preciso se reerguer, sustentar a fé e que “dessa guerra, flores irão nascer”.
Em 2020, o bloco RCRM desfilou levando para a avenida a música “O batuque é delas”, evidenciando toda a força feminina e mostrando para toda sociedade que as mulheres podem ser, ter e estar onde quiserem. Além disso, a composição de Fernanda Guimarães e Talita Quirino, abraça todos e mostra que a diversidade e o respeito devem estar sempre presentes.
E, para finalizar, uma música inédita! Maracatema foi composta pelo talentoso músico alagoano Dinho Zampier, é toda instrumental e traz uma sonoridade diferente com referências do rock, metaleira brasileira, o maracatu alagoano, além do boi e alujá.
Uma mistura de ritmos que deu certo
Formado por cerca de 60 membros, entre batuqueiros e músicos de harmonia, o grupo, liderado pela cantora e fundadora Fernanda Guimarães, é conhecido por sua fusão única de clássicos do rock com a batida vibrante do maracatu, criando assim um som vivo e envolvente.
A história do Coletivo começou em 2012, quando Fernanda Guimarães, em uma “rockbatucada” despretensiosa, uniu forças com grupos de Maracatu de Maceió. Desde então, o Coletivo cresceu, agora composto por batuqueiros de diversos grupos de percussão alagoanos, como Baque Alagoano, Afrocaeté, Gamgazumba, Maracatodos, Brincantantes, entre outros.
O Rock Maracatu continua a ser uma força inovadora na cena musical brasileira, deixando sua marca sonora inconfundível.
Fonte: Assessoria