sábado 23 de novembro de 2024

Crateras se abrem e água mina do solo em bairro atingido pela Braskem

Moradores revelam que casas estão sendo danificadas por buracos na Marquês de Abrantes, em Bebedouro
Buraco de onde brota água que surgiu na casa de Ângela Maria | Reprodução

Um fenômeno estranho tem atingido algumas casas na Rua Marquês de Abrantes, bairro de Bebedouro, em Maceió, após o afundamento do solo provocado pela mineração da Braskem, especialmente, na região próxima à Lagoa Mundaú. Crateras estão se abrindo no solo e a água minando do chão, provocando danos em diversos imóveis.

No mês passado, um técnico da Defesa Civil Municipal vistoriou a casa da dona Ângela Maria, que fica nas imediações do Riacho do Silva. O profissional constatou as “patologias” na construção e confirmou que, no entorno da residência dela há outros minadouros, inclusive, com um fluxo de água ainda maior.

No relatório da Defesa Civil, divulgado no último dia 22 de dezembro, o vistoriador Décio Antônio Almeida Mendes recomendou que o caso fosse encaminhado à Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) para investigar se a residência foi construída sobre uma nascente aterrada.

Mas, dona Ângela Maria questiona o laudo com base em conversas que teve com o técnico da Defesa Civil. Ela acredita que ele tenha ficado temeroso em relatar a verdade no documento oficial: a relação entre o problema na casa dela e vizinhança e o colapso nas minas da Braskem, especialmente a mina 18, na Lagoa Mundaú.

Dona Ângela, que se sentiu mal e precisou ser atendida em um hospital após saber que terá de deixar a casa onde viveu por 30 anos, revela a conversa que teve em off com o profissional da Defesa Civil: “Ele deu uma explicação de que isso se trata do lençol freático, por conta da minha casa ficar perto do Riacho do Silva, que faz parte da lagoa. E que esses minadores vão aparecer sempre, porque a lagoa está passando por esses problemas e a água está subindo. Com isso, as moradias construídas em locais como aqui,dos flexais, próximo ao riacho e à lagoa vão sofrer esse problema, infelizmente”, relata.

Ela conta que, até hoje, aguarda uma visita de uma assistente social da Prefeitura de Maceió para dar orientação sobre a mudança, que não ocorreu. Neste vídeo, Ângela Maria mostra a situação da casa dela:

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