No dia 16 de agosto de 1991, nasceu um espaço destinado à comunidade alagoana. Maceió precisava, urgentemente, de um local para seus artistas por hora desconhecidos, pois, era a única cidade que não tinha um espaço destinado ao aprendizado das belas artes. E essa área seria o Cenarte.
Localizado, à época, no antigo Seminário de Maceió, na avenida Antônio Brandão, com paisagem bucólica, aprazível, bela mesma, onde se poderia aprender teatro música, dança e artes plásticas, longe da correria do dia a dia e do cotidiano sem muitas delícias.
Instalado. Mas, antes disso, houve a preocupação de contratar professores das áreas, pois, Maceió ainda era pobre em faculdades das graduações, porém, existiam artistas nas áreas, músicos de bandas e orquestras, atores de palco com experiência, alunas adiantadas de outras escolas de dança existentes e pintores que tinham seus quadros expostos e reconhecidos.
A priori, conseguimos com o Ministério da Cultura, através de conhecimento e apreço, um acerto de que fossem mandados professores das áreas e cada um ficasse um tempo de três, quatro meses conosco, até que conseguíssemos montar o nosso próprio quadro, nossa equipe e o governo do Estado estudasse a contratação dos mesmos. E assim foi.
O Cenarte, Centro de Belas Artes de Alagoas, foi criado, idealizado e fundado pelo dr. Braulio Leite Júnior, que à época era presidente da Fundação Teatro Deodoro (Funted), que era o órgão mantenedor do Centro. Funted hoje extinta, infelizmente.
O Cenarte se tornou referência para crianças, jovens e adultos de todas as idades, com seus cursos para todos os gostos e aptidões. Foi um despertar, um “ abrir caminhos” para talentos e desenvolvimento artístico-cultural para o nosso estado.
Tivemos dificuldades, enfrentamos tempestades, trovões e relâmpagos, mas, o que nos confortou foi saber que éramos produtivos. Éramos produto indispensável ao poder público e à comunidade alagoana que reconheceu a necessidade e a importância de existirmos e transformarmos tantas vidas e muito mais.
Hoje, o Cenarte, com seus quase 43 anos, enfrenta outros problemas, como a reforma que não acaba, mas, resistimos graças ao nosso nome. Estamos de pés e mãos atadas, não temos a caneta e nem o poder máximo para mudar essa história, de colocar as coisas para a frente, mas, temos ainda a esperança, e essa é que nós sustenta e nos faz ainda seguir em frente na nossa luta.
Cenarte vive!!!!
1 Comentário
O poder público tem a obrigação de manter um local como este em pleno funcionamento e em evidência a sociedade alagoana, pelo fato de ser ele (O Estado) responsável em manter viva a CULTURA do seu povo. Solicitamos que nosso governador reveja as prioridades e em especial os investimentos ligado à cultura do povo de Alagoas. Se ficarmos carentes de ideias, podemos tomar como exemplo o Estado de Pernambuco e copiar o que dá certo.