sábado 18 de maio de 2024

Crime da Braskem em Maceió chega ao 6º “aniversário” com atos contra mineradora e o prefeito JHC

19 de fevereiro de 2024 10:20 por Da Redação

Crime socioambiental chega ao sexto ano com a revolta das vítimas | Reprodução

No dia 3 de março próximo o crime socioambiental praticado pela multinacional Braskem, em Maceió, chega ao sexto ano. Para lembrar que os primeiros danos visíveis no solo, a partir do bairro do Pinheiro, foram registrados após tremores de terra atingirem a capital alagoana no dia 3 de março de 2018, o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) e a Associação de Empreendedores Vítimas da Mineração, e demais movimentos sociais do estado realizarão diversos atos.

O principal está previsto para o dia 13, quando os movimentos se reunirão em frente à fábrica da Braskem, no Pontal da Barra. Outro destaque será o prefeito João Henrique Caldas, o JHC, que será questionado sobre o uso do R$ 1,7 bilhão pagos pela petroquímica a título de indenização ao município.

Com o slogan “Por memória, justiça e direitos”, o cronograma de protesto começa no domingo, 3, com uma ação religiosa, às 15h, na Igreja Batista do Pinheiro. Dali, os manifestantes saem em caminhada pelos bairros destruídos pela multinacional, até a Praça Lucena Maranhão, em Bebedouro.

Nessa caminhada, prevista para começar às 16h, serão feitas paradas em imóveis representativos da tragédia. Um deles será o que pertencia ao policial civil José Ronaldo Dias Cavalcante, que teria se suicidado no dia 3 de março do ano passado. Segundo relato de testemunhas, o policial estaria enfrentando problemas com a Braskem por conta da indenização de sua casa.

A segunda-feira, 4, será o Dia D de expressão das vítimas do crime. As famílias vão protestar fazendo inscrições de expressões artísticas pelos bairros afetados e outras áreas da cidade. O protesto segue no dia 5, com o lançamento, no bairro do Bom Parto, do livro “Colapso mineral em Maceió”. Esse ato terá a participação de representantes do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração.

JHC será alvo das manifestações, para explicar uso de R$ 1,7 bilhão pago pela Braskem | PMM

Indenização 

O Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa), complexo educacional com 11 escolas também desativado por causa da mineração, tem destaque na programação que marca o 6º ano da tragédia em Maceió. Ali, na quarta-feira, 6, será exibido o documentário “A Braskem também passou por aqui: a tragédia dos Flexais”, do cineasta Carlos Pronzato.

O filme, que será seguido de debate, mostra que o Mapa de Risco, elaborado pela Defesa Civil de Maceió, é constantemente questionado pois diversos estudos posteriores mostram que a movimentação do solo, causado pelas obras da Braskem, continua acontecendo.

O prefeito de Maceió, o JHC, também será alvo das manifestações das vítimas da Braskem. Na quinta-feira, 7, os manifestantes vão questioná-lo sobre o R$ 1,7 bilhão pagos pela petroquímica a título de indenização ao município pela destruição, até agora, de 5 bairros da capital alagoana. O ato será em frente à sede da Prefeitura, no Centro.

Deslocados

A passagem do Dia Internacional da Mulher, no dia 8, também servirá para manifestações contra a Braskem. Os manifestantes vão se concentrar em frente à sede do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), na Praça Deodoro.

A programação do dia 9 prevê a realização da Conferência Livre Nacional Migração e Meio Ambiente, com debate na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sobre Deslocados Ambientais no caso Braskem em Maceió.

O ápice do sexto ano da tragédia que deslocou mais de 60 mil pessoas de suas casa e destruiu os bairros Bebedouro, Bom Parto, Farol, Mutange e Pinheiro, além das localidades Flexal de Baixo e Flexal de Cima, será no dia 13, com um ato em frente à unidade da Braskem no Pontal, no bairro Pontal da Barra.

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